Um dos principais assuntos desta semana na Capital é, sem dúvida, o ponto final na briga pela renegociação da dívida dos Estados com a União. Depois de sair de Brasília na última segunda-feira com um acordo que garante a suspensão da dívida até dezembro de 2016, além de diversas medidas para aliviar o pagamento para a União, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), já promoveu dois grandes encontros.
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Colombo promete usar dinheiro da dívida em aporte na saúde e manutenção das contas em dia
Governos chegam a acordo e SC deve ter alívio de R$ 2,1 bilhões no orçamento
Depois de uma coletiva na última terça-feira, quando falou com jornalistas sobre como os cerca de R$ 2,1 bilhão serão usados para atravessar a crise econômica com as contas em dia, Colombo se reuniu na Casa d’Agronômica, em Florianópolis, com deputados estaduais na manhã desta quinta-feira. O encontro tratou, no geral, sobre os mesmos pontos já falados na coletiva de terça-feira. A novidade foi que, segundo a assessoria de imprensa do governo, Colombo aproveitou para agradecer a parceira do Legislativo em todo o processo.
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— A queda na arrecadação do Estado afeta todos os setores, mas na Saúde, que é uma prioridade absoluta, temos outros agravantes. Os custos aumentaram muito, o valor dos medicamentos tem sido muito impactado pelo dólar, o que têm agravado o desequilíbrio financeiro na área. Outro fator é a interferência de decisões judiciais, que estão tomando uma proporção insuportável. Agora, vamos fazer aportes para tentar conter essa situação, mas sem deixar de continuar a trabalhar medidas já em vigor em todas as outras áreas, como a revisão de contratos na busca da redução do custeio — discursou o governador.
Presente no encontro, o secretário de Estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni, lembrou ainda que com o acordo fechado, em vez de pagar R$ 22 bilhões até o final do contrato (que vence em 2028), SC vai pagar R$ 8 bilhões. Além disso, em julho de 2018, quando os descontos terminarem e o Estado voltar a pagar a parcela sem desconto, que totaliza R$ 50 milhões, em vez de R$ 110 milhões do patamar atual.
— Vamos pagar a dívida com prazo maior e juros menores. A combinação de todos esses fatores faz com que, além de um alívio imediato em tempos de crise, os estados tenham um peso muito menor com a dívida nos governos futuros. O que vimos foi um movimento iniciado por Santa Catarina, mas que beneficiou as finanças de todos os estados do país _ lembrou Gavazzoni.
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Entenda o acordo:
