O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, promoveu um almoço com a imprensa nesta sexta-feira para falar sobre a suspensão do julgamento da dívida pública dos Estados no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a reportagem da CBN, o prazo de 60 dias para a renegociação com a União representará ao Estado um respiro de quase R$ 270 milhões no orçamento, ou seja, três meses em que o governo poderá não pagar as parcelas da dívida sem correr o risco de ter as contas bloqueadas.
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— Tivemos uma primeira vantagem. Durante esses 60 dias, o que deverá dar três parcelas, o Estado não precisará pagar a dívida. Isso nos ajuda financeiramente — disse Colombo.
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Parte desses recursos será utilizado no custeio da saúde, em que as despesas ultrapassam a previsão orçamentária de 12%. Se todos os reajustes previstos em contratos forem mantidos, o déficit nesse setor passará de R$ 710 milhões ao final do ano.
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Um grupo de governadores se reúne na próxima semana para começar a tratar da renegociação. A iminência do impeachment coloca o assunto em compasso de espera. O atual ministro da Fazenda, Nelson Barboza, não se sente seguro em conduzir a questão.
— Dia 12, se for aceito o impeachment, haverá um novo ministro da Fazenda, e nós teremos que recomeçar as negociações — afirmou.
Colombo alertou para a situação difícil das finanças do Estado, em função da queda de receita e do aumento da demanda. O governador destacou que, apesar disso, Santa Catarina é um dos seis estados do país que não aumentou impostos. O governo, segundo ele, aposta na competitividade.
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