O clima quente da reta final das eleições, que mistura até futebol com política, deu trabalho aos advogados de Udo Döhler (PMDB) e Kennedy Nunes (PSD) entre quarta-feira e quinta.

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Pela manhã, Kennedy e apoiadores comemoraram decisão da 76ª Zona Eleitoral que retirava do ar o programa de TV de Udo que iria ser exibido à noite. Por volta das 17 horas, a candidatura de Udo conseguiu reverter o caso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e garantiu a exibição do programa.

A disputa judicial começou quando a campanha de Udo passou a veicular no rádio e na TV, nos últimos dias, comentário de que Kennedy aprovou, como deputado, projeto de lei beneficiando o Avaí, time da Capital. A candidatura de Kennedy entrou com processo na Justiça Eleitoral afirmando que a campanha de Udo havia mentido.

Na noite de quarta-feira, o juiz Roberto Lepper, da 76ª Zona, deu razão à defesa de Kennedy e determinou a retirada do ar o programa de TV de Udo que iria ao ar quinta à noite, além de 23 inserções durante a programação. Kennedy comemorou nas redes sociais e chegou a gravar 5min45s de direito de resposta.

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Advogados de Udo recorreram ainda quinta de manhã por meio de uma ação cautelar no TRE. No fim da tarde, conseguiram ganho de causa, em carater provisório, o que manteve o programa e as inserções.

Em seu despacho, a relatora Bárbara Thomaselli considerou que a decisão de tirar o programa de Udo de ir ao ar extrapolou o pedido inicial, de apenas impedir a veiculação de inserções, e que não vê “afirmação inverídica” no material veiculado pela campanha de Udo. Por isso, determinou, até julgamento do recurso, que fossem mantidos o programa e as inserções.

Advogados de Kennedy ainda tentaram recorrer – valia recurso ao TRE e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) -, mas não havia mais tempo para apreciação até o horário eleitoral. O fato não foi comentado no programa dos dois candidatos quinta à noite.

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Outras decisões contra Udo continuam mantidas, como uma que dá direito de resposta a Kennedy de um minuto no rádio, sobre trecho divulgado pelo adversário de que ele teria votado contra financiamento do BNDES.