Claro, TIM e Vivo arrematam três lotes nacionais do 4G

O primeiro dos seis lotes de telefonia de quarta geração (4G) na faixa de 700 megahertz (MHz) foi arrematado pela operadora Claro, com uma proposta de R$ 1,947 bilhão. O valor apresentado pela empresa representa ágio de praticamente 1% ante aos R$ 1,927 bilhão definido como preço mínimo da outorga para cada um dos três lotes nacionais. O segundo lote ficou com a TIM por praticamente o mesmo valor da Claro. O terceiro lote foi arrematado pela Vivo, pelo preço mínimo de outorga.

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Dos seis lotes, três têm abrangência nacional. O quarto lote abrange todo o território nacional, menos as áreas destinadas aos lotes 5 (87 municípios de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo) e 6 (municípios de Londrina e Tamarana, no Paraná).

TIM, Claro, Telefônica (Vivo) e Algar Telecom entregaram propostas para disputar quatro lotes nacionais de 10 MHz cada e dois regionais. No entanto, a Algar Telecom não participou da disputa destes três primeiros lotes por não ter apresentado garantia de proposta.

A Algar Celular arrematou o quinto lote por R$ 29,567 milhões, um ágio de 0,02%, apenas R$ 7 mil a mais do que era exigido no edital. Os lotes 4 e 6 não tiveram propostas.

A faixa de 700 MHz vai complementar a de 2,5 gigahertz (GHz), leiloada em junho de 2012, também para a tecnologia 4G. Enquanto a frequência de 2,5 GHz tem mais capacidade e raio de cobertura menor, a de 700 MHz tem abrangência maior e necessita de menos antenas, além de ser usada por diversos países, como os Estados Unidos e a Argentina.

A operação da nova frequência, no entanto, só deve começar com o fim da TV analógica, previsto para ocorrer em 2018, que atualmente usa essa faixa. Para dar lugar ao 4G, as emissoras vão passar a operar em outras frequências, por meio digital. O edital prevê prevê que a banda larga só comece a operar 12 meses após a saída de todas as emissoras.

Como a faixa de 700 MHz é próxima à usada pela televisão digital – o que pode gerar interferência de um serviço no outro, cabem aos vencedores do leilão arcar com os custos de medidas necessárias para a superação de eventuais problemas entre os dois serviços, bem como com aqueles decorrentes da redistribuição dos canais de TV e retransmissoras.

Segundo a Anatel, com a utilização da faixa de 700 MHz, será possível levar telefonia móvel de quarta geração e internet em banda larga de alta capacidade às áreas rurais, a um custo operacional mais baixo, uma vez que essa faixa é ideal para a cobertura de grandes distâncias.

* Zeho Hora com Agência Brasil