Na manhã desta quarta-feira, Chico Lins foi desligado do Figueirense. Em uma reunião com o presidente Wilfredo Brillinger, Chico ouviu que as portas continuavam abertas para ele seguir na função de gerente de Futebol, porém Chico deixou claro que não iria trabalhar com Marcos Moura Teixeira, assessor pessoal do presidente, e Leonardo Moura, CEO do clube.

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Agora Chico Lins vai reservar um tempo para cuidar da saúde e vai voltar para o projeto de vôlei do Super Imperatriz, equipe de Renan Dal Zotto, um dos melhores amigos de Chico. Juntos, eles criaram o time com o patrocínio da Cimed em 2005. O ex-gerente de Futebol do Figueirense já recebeu algumas propostas para trabalhar na função, mas o momento é de dar um tempo no futebol. A única forma de voltar a trabalhar com o esporte neste momento seria ajudar Renan Dal Zotto em um projeto no Guarani de Palhoça. ?

Leia a entrevista com Chico Lins ?

Diário Catarinense – Como foi a sua saída do clube?

Chico Lins – É uma crônica de uma morte anunciada por causa das pessoas que trabalham no clube, essas pessoas que voltaram e que eu não vou trabalhar com eles.

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DC – Quem são essas pessoas?

Lins – Não tenho problema nenhum em dizer os nomes. São elas o Marcos Moura Teixeira e o Leonardo Moura. Eu não concordei com o que eles fizeram e com o que estão fazendo. Com o Wilfredo (Brillinger, o presidente) não tenho problema nenhum. Só que eu acho que ele está muito mal assessorado.

DC – Quem estava nessa reunião de hoje?

Lins – A reunião foi só entre eu e o presidente. Ele deixou claro que o cargo estava a minha disposição, mas não tem como eu continuar e inclusive já tem uma pessoa no meu lugar. E, também, eu não iria trabalhar com as pessoas que estão lá. Eu saí, mas ainda faltam alguns detalhes da rescisão.

DC – Você participou das últimas decisões o clube?

Lins – Eu não fui consultado e não participei. E se eu fosse consultado não deixaria eles dispensarem assim esses jogadores, que tem muita história no clube.

DC – Qual é o futuro de Chico Lins?

Lins – O futuro é cuidar da saúde. Na profissão eu volto ao projeto do vôlei, agora com o Supermercado Imperatriz ao nosso lado. E fazer esporte no Brasil é muito complicado. O Renan (Dal Zotto), é um irmão para mim e ele está próximo de assinar uma contrato com o Guarani da Palhoça e se ele precisar de ajuda estou a disposição.

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DC – O que ficou desse trabalho de dois anos no Figueirense?

Lins – Um carinho e agradecimento ao clube, que está acima de qualquer pessoa. Esse meses no clube foram muito complicados para mim, mas foram maravilhosos. Aprendi muito. Quero agradecer ao torcedor que sempre esteve do nosso lado. Nesse tempo eu não me dobrei para ninguém, e essas pessoas que estão no clube eu não trabalho nunca mais. E fica também uma decepção por não conseguir a permanência do time na Série A.