Liderado por Chorão, o Charlie Brown Jr. foi a atração que mais tocou no Planeta Atlântida. Além disso, sempre esteve entre as três mais pedidas pelos planetários. Em 2013, liderou a pesquisa com o público sobre as atrações.

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Em 32 edições do festival, o grupo fez 24 apresentações a partir de 2000. No Rio Grande do Sul, foram 11, já em Santa Catarina, 13. Promovido pela Rádio Atlântida, o festival é uma realização do Grupo RBS e da DC Set Promoções.

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– Todos os lugares em que a gente passa, somos bem aceitos, mas os shows do Planeta, seja aqui ou no Rio Grande do Sul, são os dois que eu mais amo fazer – disse Chorão no Planeta Atlântida Santa Catarina 2013.

Neste ano, o grupo só não tocou na edição gaúcha em função da mudança de data motivada pela tragédia de Santa Maria.

– Lamentamos profundamente a perda do Chorão, um artista com total química com o público do Planeta, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em todas as edições, sempre esteve entre os artistas mais pedidos. Tivemos o privilégio de conviver com ele e celebrar, junto aos planetários, sua história no cenário musical brasileiro. Um grande ídolo da juventude. Ao lado de Chorão realizamos edições memoráveis do Planeta Atlântida – comentou Flavio Steiner, diretor geral da Engage Eventos.

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– O Planeta Atlântida está de luto. Eu acho que, principalmente, a gente está em choque ainda, mas muito triste com a morte do Chorão. O Charlie Brown é a banda que oficialmente mais tocou na história do Planeta. Fica o legado da amizade, o que a gente sentia, do prazer dele de tocar no Planeta, era o festival que eles mais gostavam de tocar, ele disse isso várias vezes. É um legado muito importante pro rock brasileiro. O Chorão já está fazendo muita falta. Era um amigo pessoal e estamos muito tristes. Assim como o Legião Urbana marcou e não seguiu quando ficou sem o um lider, o Charlie Brown também fica sem líder, portanto, é dificil continuar – lamentou Gustavo Sirotsky, produtor do Planeta.

O radialista da Atlântida FM Alexandre Fetter comentou o carisma do cantor:

– O Chorão era o grande pastor do público do Planeta Atlântida, do qual a gente também faz parte. Tinha o poder de reunir todos em uma grande festa com uma intensidade única. Pregava suas ideias com muita expressão e verdade, de um jeito que só os loucos sabem.

Diretor técnico desde a primeira edição do festival, Mcgyver Zitto lembra de Chorão como um irmão:

– Nesses dezoito anos que a gente realiza o Planeta, temos colecionado amizades. Com certeza ele é uma delas. O Chorão era, na intimidade, uma pessoa absolutamente calma, tranquila. Ao longo de todos esses anos, em inúmeras oportunidades pudemos bater um papo. O Planeta é um festival que permite isso: promover um encontro da família Planeta Atlântida, e ele, certamente, era um membro dessa família, que vai, ainda que seja difícil, levar a vida adiante. Com certeza deixou lembrança de um grande amigo e um profissional repleto de predicados.