Os professores Paulo Cezar Cassol e Oséias Alves Pessoa conseguiram na Justiça o direito de concorrerem como reitor e vice-reitor, respectivamente, na eleição deste ano da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc). A decisão foi emitida pela 2ª Vara da Fazenda Pública da Capital após a chapa ter sua inscrição duas vezes recusada pela comissão eleitoral da universidade.
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Durante o período de inscrições, no dia 17 de agosto, a comissão eleitoral decidiu pela impugnação da candidatura sob a alegação de que o candidato a vice-reitor não possuía cinco anos de dedicação exclusiva à universidade, um dos requerimentos do estatuto. No dia 25 de agosto a comissão chegou também a recusar um pedido de reconsideração feito pela chapa, com base num parecer da Procuradoria Jurídica da universidade.
Os candidatos então ingressaram com ação na Justiça e conseguiram homologar a candidatura sub judice. Os advogados da chapa afirmaram que a comissão fez uma interpretação equivocada da legislação interna da universidade, estabelecendo o tempo de serviço a partir do recebimento da gratificação de tempo integral, o qual o professor Pessoa recebe desde 2011. Mas o candidato é professor efetivo da Udesc desde 2008., portanto docente na instituição há sete anos.
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O primeiro turno da eleição para reitor da Udesc, programada para o dia 21 de outubro, terá agora duas chapas concorrentes. A primeira a ser homologada foi a dos professores Marcus Tomasi e Leandro Zvirtes.
Cassol, que é professor do Centro de Ciências Agroveterinárias da Udesc, afirmou que na sua campanha de oposição irá focar na mudança de administração e no atual modelo de gestão que considera “ultrapassado”.
– Um aspecto importante para essa mudança a defesa da autonomia da universidade com responsabilidade. Entendemos que atual administração é muito dependente de interesses localizados e não tem uma postura adequada para a universidade como unidade pública. Observamos que não há planejamento, o pouco que tem geralmente não é cumprido. Queremos uma nova gestão com a garantia do respeito e da validade da participação das pessoas – disse Cassol.
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Na Udesc o peso do voto varia de acordo com o segmento: professores têm 50%, enquanto que estudantes e servidores ficam com 25% cada.