Foi dada a largada para a corrida eleitoral das duas maiores unidades de ensino superior do Estado. No dia 21 de outubro, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc) decidem quais serão os seus gestores para os próximos quatro anos, com possibilidade de segundo turno em 11 e 18 de novembro, respectivamente.

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Apesar das disputas serem restritas ao ambiente acadêmico, as duas instituições mobilizam juntas cerca de 56,9 mil eleitores entre professores, alunos e servidores. Número que as colocaria como o 14o maior colégio eleitoral entre as 295 cidades catarinenses (veja mais detalhes no infográfico).

O orçamento em jogo é igualmente significativo. Se somada, a receita das duas ultrapassa o montante de qualquer cidade do Estado. Em 2014, a UFSC recebeu do governo federal um volume de R$ 1,27 bilhão, enquanto que a Udesc empenhou R$ 344 milhões no mesmo período. A soma (R$ 1,61 bilhão) supera tanto as receitas de Joinville quanto a de Florianópolis, as duas maiores de SC. Separadas, a federal ficaria em 2º e a estadual em 12º.

Tal qual os prefeitos, cabe aos reitores gerir a aplicação desses recursos. No caso das universidades, que têm certa autonomia administrativa, o foco é garantir o ensino, a pesquisa, a extensão e a ampliação das estruturas.

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Embora as eleições para reitor sejam facultativas e independam de partidos políticos, assemelham-se a outros pleitos. UFSC e Udesc solicitaram ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para o uso de urnas eletrônicas, por exemplo. E assim como nas disputas de 2014, o uso de redes sociais, além de blogs e sites, serão exploradas pelos concorrentes.

Na federal, antes mesmo das inscrições das chapas, os pré-candidatos já divulgavam propostas e informações pela internet e criavam hashtags.

São também permitidos panfletagem, bótons, vendas de camisetas e placas, conforme os editais das comissões eleitorais. Permanece a tradicional abordagem corpo a corpo, com visitas em salas de aula, além de debates (segmentados entre professores, servidores e alunos) veiculados por meios externos ou por canais de comunicação das universidades.

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A angariação de votos nos mais populosos centros de ensino, além da conquista de maiorias em entidades como diretórios centrais de estudantes, sindicatos e associações de professores e servidores são decisivos na corrida.

Fim do período para criar chapas

O prazo para as inscrições das chapas já se encerrou nas duas universidades. Na última quinta-feira, a UFSC divulgou os cinco candidatos à reitoria (Claudio José Amante, Edson Roberto de Pieri, Irineu Manoel de Souza, Luis Carlos Cancelier de Olivo e Roselane Neckel). Segundo a presidente da comissão eleitoral, Teresinha Ceccato, a homologação e o sorteio dos números serão realizados nesta segunda-feira, às 19h.

Na Udesc, a eleição estava se encaminhando para ocorrer com chapa única. Isso porque a candidatura dos professores Paulo Cezar Cassol e Oseias Alves Pessoa, reitor e vice respectivamente, foi impugnada em um primeiro momento. A justificativa da comissão eleitoral, segundo o presidente Jorge de Oliveira Musse, foi de que o candidato a vice não tinha o mínimo de cinco anos de dedicação integral à universidade.

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Na última sexta-feira, os candidatos conquistaram um mandado de segurança na Comarca de Florianópolis e participarão das eleições junto aos candidatos Marcus Tomasi e Leandro Zvirtes, reitor e vice respectivamente.