Após a decisão dos servidores de Florianópolis de entrar em greve a partir da próxima segunda-feira, o prefeito Cesar Souza Junior declarou em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira que não existe respaldo legal para a paralisação, e acredita que o Sindicato Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Municipal de Florianópolis (Sintrasem) está fazendo uso político-eleitoral da greve para prejudicar a cidade.

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Servidores da prefeitura de Florianópolis entram em greve pela segunda vez no ano

De acordo com o prefeito, os servidores estão com os salários em dia e com boas condições de trabalho:

— Já houve a data-base e a paralisação anterior prejudicou muito a população. Na educação ainda estamos fazendo as reposições. Sempre mantemos diálogo com o sindicato e os servidores, mas esta pauta que eles apresentaram se trata de questões administrativas da Prefeitura. Estamos ingressando com ações judiciais e preventivas — disse.

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As duas principais questões apontadas pelo Sintrasem são o atraso no pagamento da segunda parcela do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), que deveria ter sido paga em maio, e o projeto de lei que altera o sistema do fundo previdenciário. O PL propõe a passagem do fundo previdenciário para o fundo financeiro.

Segundo o prefeito, ele já pediu a suspensão da votação do projeto na Câmara dos Vereadores e chamou o Sintrasem para mais conversas, para mostrar que é benéfico:

— A Prefeitura se coloca à disposição para debater, mas sem paralisação e repudia o que entendo ser uma greve eminentemente política, com fins eleitorais escusos.

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O secretário da fazenda, André Bazzo, salientou que pela via legal não podem implementar qualquer benefício aos trabalhadores, e precisam pensar agora para que a previdência municipal não entre em colapso nos próximos anos:

— Precisamos equacionar um déficit de um fundo para criar condições para os próximos servidores, ter um equilíbrio para os próximos anos, quando o número de aposentados vai aumentar muito — explicou.

Referente ao pagamento da parcela do Plano de Carreira, o prefeito declarou que sua aplicação está subordinada à Lei de Responsabilidade Fiscal.

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Em nota publicada em sua página no Facebook, o sindicato respondeu que “nenhuma pessoa que atualmente faça parte da direção do Sintrasem Florianópolis é ou será pré-candidato/candidato à qualquer cargo nestas eleições”.

Reunião na Comcap

Na quinta-feira, 4 de agosto, os trabalhadores da Comcap também decidiram paralisar os serviços a partir do dia 9, terça-feira. O motivo alegado seria o não pagamento do benefício referente a Avaliação de Desempenho, que existe há mais de 20 anos.

Segundo o prefeito, uma reunião entre a presidência da Comcap e os servidores estava acontecendo na manhã desta sexta-feira para tentar reverter a greve.

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Por meio da assessoria de comunicação, a Comcap confirmou a reunião desta manhã, disse que um novo encontro acontece na parte da tarde, mas a decisão final dos trabalhadores será em assembleia na manhã da próxima terça.