O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Blumenau deve finalizar até o final desta semana a investigação sobre o acidente que amputou a mão de um colaborador da empresa têxtil Altenburg. Após, o relatório preliminar deve ser encaminhado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) que também já visitou a empresa. Felipe Fausto da Silva, 21 anos, teve a mão amputada por uma máquina que corta tecidos na madrugada do último dia 25 e teve o membro implantado com sucesso no mesmo dia.

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A máquina que amputou o membro do rapaz foi verificada na última segunda-feira, durante uma visita do Cerest. De acordo com o coordenador em Blumenau, Francisco Giuberto de Brito, o equipamento deve ser envolto em telas para evitar que os funcionários exponham-se a riscos. Através da assessoria de imprensa, a empresa informou que a máquina funciona de acordo com todas as normas de segurança do Brasil e da Suíça, país de onde foi importada.

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– É um disco que corta as mantas em uma determinada metragem. A dúvida é sobre como o jovem acessou a máquia. As portas que dão acesso ao disco precisam ter sistema de travamento para que o trabalho do equipamento seja interrompido assim que alguém se aproximar. O item não tinha proteção na parte superior, nem na inferior – explicou o coordenador do Cerest.

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Segundo a constatação do Cerest, o equipamento não estaria em conformidade com a Norma Regulamentadora nº 12 e a empresa seria obrigada a proteger a máquina de forma a evitar possíveis acidentes.

– Solicitamos que a empresa apresente o treinamento do rapaz para o trabalho nessa máquina – disse Brito.

Empresa informou que aguarda parecer do Ministério

Através da assessoria de imprensa, a empresa Altenburg informou que recebeu a visita do Ministério do Trabalho, que vistoriou a máquina em que o colaborador operava e concluiu que o funcionamento está de acordo com as normas de segurança. Também foi solicitado à empresa a documentação comprobatória de treinamento do funcionário, material que já teria sido entregue ao MPT. A Altenburg informou que o Ministério não interditou a máquina e que aguarda o parecer técnico da instituição para tomar as próximas providências.