Desde a manhã desta quarta-feira, técnicos da Casan trabalham na recuperação de três adutoras – canos que fazem o transporte de água – que se romperam a cerca de um quilômetro da área de captação do Rio Pilões, em Palhoça. A tubulação é a principal de um sistema que abastece cerca de 700 mil habitantes de São José, Biguaçu, Palhoça e da região central de Florianópolis.
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Segundo a Casan, a chuva causou erosão no solo, provocando a queda de pilares que sustentavam as três adutoras. O resultado foi o rompimento dos canos, impedindo o transporta da água captada no Rio Pilões para a estação de tratamento Morro dos Quadros, no bairro Alto Aririú, em Palhoça.
Até as 22h de quarta-feira, a Casan pretende ter consertado a adutora principal, de 800mm, reestabelecendo 80% do fornecimento normal. Até as 20h, a estação de tratamento do Morro dos Quadros ainda não estava recebendo água.
A adutora secundária, de 600mm, deve ser recuperada até o meio dia de quinta-feira, o que deve ser o suficiente para normalizar o abastecimento. A terceira tubulação, de 500mm, é auxiliar e não tem prazo para ser consertada.
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O reabastecimento deve acontecer de forma gradual até que a vazão e a pressão da água voltem ao normal.
Em Palhoça, o superintendente da Samae – antiga Águas de Palhoça -, Sérgio Matiola, diz que o sistema do município opera com menos de 15% da pressão normal, impedindo o abastecimento de bairros mais altos, como Bela Vista, São Sebastião e Caminho Novo. Prédios mais altos, que não possuem cisterna, também serão afetados.
A Casan afirma que todas as pessoas que estão ligando no 0800-643-0195 para reclamar de falta de água são orientadas a economizar e aguardar. Neste período, a empresa manterá caminhões-pipa para atendimentos emergenciais nos hospitais, maternidades, postos de saúde, asilos e clínicas médicas.
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Local de difícil acesso
A região onde aconteceu o rompimento da adutora fica na Serra do Tabuleiro em local de difícil acesso, no meio da mata. Os canos descem da barragem do Rio Pilões por cerca de oito quilômetros, na maior parte do percurso não há acesso através de estradas, o que dificulta o reparo.
O sistema de abastecimento afetado é o principal da Grande Florianópolis
:: A captação é feita no Rio Pilões, em Palhoça
:: Existe uma captação de água secundária no Rio Cubatão
:: As adutoras (canos) levam água do Rio Pilões por cerca de oito quilômetros até a estação, no bairro Alto Aririú, em Palhoça
:: A estação do Morro dos Quadros trata cerca de 2000 litros de água por segundo
Ao todo, são cerca de 700 mil pessoas afetadas
:: São José inteira
:: Toda a parte norte – acima do Rio Cubatão – de Palhoça (onde vivem cerca de 60% dos moradores)
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:: Região central de Florianópolis
:: Biguaçu inteira
Leia também:
:: Adutora rompe e prejudica abastecimento de água em Blumenau
Histórico recente
Falta de água não é novidade para os catarinenses, especialmente os moradores da Capital. Recentemente, no final de dezembro, pontos de todo o litoral de Santa Catarina sofreram com a escassez de água.
Na ocasião, a Casan e a Celesc garantiram que há produção suficiente e que investimentos estavam sendo feitos.
Em fevereiro de 2012, o mesmo problema – queda de pilar de sustentação – causou o rompimento da mesma adutora no Morro dos Quadros, em Palhoça, deixando 50% de Florianópolis com problemas no abastecimento.
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