Cerca de 2 mil pessoas se despedem de Henrique Neitzke, em Jaraguá do Sul

Quando todos achavam que as batalhas mais difíceis haviam sido superadas, Henrique Neitzke se foi. Ele morreu na tarde deste sábado, vítima de enfisema pulmonar, informou o pai Dalvo M. Neitzke.

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Com a notícia da morte, cerca de 2 mil pessoas passaram neste domingo pela Capela Mortuária Cristo Salvador, em Jaraguá do Sul, para se despedir de Henrique e levar apoio aos familiares.

A história deste garoto, portador de um tipo raro de leucemia com apenas três anos e sete meses, comoveu a cidade de Jaraguá do Sul e desencadeou uma corrente de solidariedade para salvá-lo.

Desde que surgiram os primeiros sintomas, em fevereiro deste ano, a família começou uma grande luta. Primeiro para descobrir exatamente o que ele tinha. Foram várias consultas para se chegar ao diagnóstico final.

Em seguida, os pais promoveram uma campanha para conseguir um doador de medula óssea. Ninguém da família era 100% compatível e a ajuda veio da Alemanha.

Recentemente, a família recebeu outro apoio. Uma pessoa próxima emprestou R$ 60 mil para que fosse comprado um medicamento importante ao tratamento.

Apesar das injeções, da sessões de quimioterapia e das internações em hospitais ao longo do ano, o garotinho nunca perdeu a alegria.

– Ele diz apenas: “Dodói papai, dodói, tomar remedinho” – relembra emocionado o pai Dalvo.

Henrique chegou a receber as primeiras doses do remédio e estava bem até quarta-feira passada, segundo a família. Mas o quadro piorou e ele precisou ser internado no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba (PR).

Pouco depois do meio-dia deste sábado, entrou em coma induzido. No velório, o pai resume a emocionante história do pequeno Henrique:

– Ele foi um grande guerreiro.