Entre os Centros de Tradição Gaúcha (CTGs) de Santa Catarina, há consenso em relação ao incêndio supostamente criminoso no CTG Sentinelas do Planalto, em Santana do Livramento (RS): um ato de covardia e inaceitável. Porém, a realização do casamento gay ainda é ponto de divergência no tradicionalismo.

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Orides Luiz Pompeo, presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho do Estado de Santa Catarina (MTG-SC), lembra que cada unidade tem um regimento, mas sobre o casamento gay, ressalta que nunca houve um caso semelhante em Santa Catarina:

– O MTG-SC não apoia, mas se um CTG resolver fazer, não podemos proibir – afirma.

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Santa Catarina tem 625 CTGs e, segundo Pompeo, há uma procura constante para abrir novos centros. Só Lages abriga quase 30 deles.

Já Ciro Harger, que faz parte da diretoria do MTG-SC e do CTG Cabanha Chaparral, de Joinville, mostra-se contrário à ideia de realizar a cerimônia:

– Cada um pode ter a sua opção, mas não vamos realizar casamentos entre dois homens ou duas mulheres – diz.

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Sérgio Fernando Hess de Souza, um dos fundadores do CTG Fogo de Chão, em Blumenau, afirma que o CTG, que foi criado há 32 anos, é um espaço democrático e não tem qualquer regimento que proíba a realização de casamentos gays.

– A sede é grande e realizamos casamentos e batizados. Se alguém quiser fazer um casamento gay não temos nenhuma discriminação. A sociedade precisa evoluir – diz.

Israel Cunha, patrão do CTG Os Praianos, localizado em São José e um dos maiores do Sul do Brasil, afirma que é necessário aceitar a diversidade dentro do movimento:

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– Temos que manter um olho no passado, nas tradições, e outro no futuro – diz.

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