O telefone pode ser um salva-vidas se o número discado for o 141: ele remete para os voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV), que atuam 24 horas por dia dando apoio emocional a pessoas que estejam passando por momentos de grande angústia, depressão ou desespero.
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Em Joinville, o escritório atual existe desde maio de 2014 e está localizado em uma sala do Corpo de Bombeiros Voluntários. Com tradição de 53 anos de existência no Brasil, o CVV tem o telefone como referência, mas os contatos podem ser feitos também por e-mail, chat, Skype/Voip, carta e presencialmente, facilitando o acesso.
– Eu digo que é um pronto socorro emocional: estamos à disposição para uma conversa acolhedora e compreensiva, sem julgamentos – diz a coordenadora do CVV Joinville, Solange Coral.
Atualmente, o escritório local tem apenas 14 voluntários e uma estrutura pequena, fazendo com que o atendimento na cidade só possa ocorrer de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30. Nos outros horários, a ligação é encaminhada para equipes de outros municípios e não há atendimento presencial.
Segundo Solange, o número mínimo ideal seria possuir 40 voluntários. O orçamento também é um problema: por ser uma ONG, o CVV depende de doações. Neste sábado, o evento Sorvete do Bem ocorrerá na praça do Mercado Público Municipal para arrecadar fundos com a venda de sorvetes a R$ 5 para a organização.
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Contatos do CVV
Telefone: 141
E-mail: joinville@cvv.org.br
Endereço: rua Jaguaruna, 13, Centro
Site – para chat e skype: www.cvv.org.br
Horários: de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30.
Fique atento aos sinais
Como identificar uma pessoa sob risco de suicídio*:
– Comportamento retraído, inabilidade para se relacionar com a família e amigos.
– Alcoolismo.
– Ansiedade ou pânico.
– Mudança na personalidade, irritabilidade, pessimismo, depressão ou apatia.
– Mudança no hábito alimentar e de sono.
– Tentativa de suicídio anterior.
– Odiar-se, sentimento de culpa, de se sentir sem valor ou com vergonha.
– Uma perda recente importante – morte, divórcio, separação etc.
– História familiar de suicídio.
– Desejo súbito de concluir os afazeres pessoais, organizar documentos, escrever um testamento etc.
– Sentimentos de solidão, impotência, desesperança.
– Menção repetida de morte ou suicídio.
Como ajudar a pessoa com risco de suicídio*:
Como se comunicar
– Ouvir atentamente, ficar calmo.
– Entender os sentimentos da pessoa (empatia).
– Dar mensagens não verbais de aceitação e respeito.
– Expressar respeito pelas opiniões e valores da pessoa.
– Conversar honestamente e com autenticidade.
– Mostrar sua preocupação, cuidado e afeição.
– Focalizar nos sentimentos da pessoa.
Como não se comunicar
– Interromper muito frequentemente.
– Ficar chocado ou muito emocionado.
– Dizer que você está ocupado.
– Tratar o paciente de maneira que o coloca numa posição de inferioridade.
– Fazer comentários invasivos e pouco claros.
– Fazer perguntas indiscretas.
* Informações retiradas do Manual para Profissionais da Saúde em Atenção Primária, da Organização Mundial de Saúde (OMS)
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