Às 19h23min, quando o Figueirense entrou no gramado do Orlando Scarpelli, Célio Amorim voltava, acompanhado dos auxiliares, da vistoria das redes nas duas traves. O clássico entre Figueirense e Avaí foi o quinto jogo arbitrado por Célio no Campeonato Catarinense. No meio do campo, ele segurava a bola sobre o braço direito. Seria ele o dono do jogo, na noite de clima úmido e abafado de sábado.

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Com dois minutos de atraso o árbitro aspirante FIFA apitou o início da partida que foi tranquila para arbitragem durante todo o primeiro tempo. Sempre próximo dos lances, o árbitro precisou dar dois passos rápidos para trás quando Wellington Saci arriscou um chute de fora da área.

A primeira ação mais enérgica ocorreu quando Rodriguinho e Maylson disputaram um lance na lateral e Célio deu falta para o Avaí. Sob vaias da torcida alvinegra ele precisou acalmar os ânimos dos jogadores do Figueirense que reclamavam da marcação. Mais tarde, Tinga tentou cavar uma falta na entrada da área, mas Célio não caiu na malandragem do meia.

Foram 27 minutos até o árbitros colocar a mão direita no bolso da camisa pela primeira vez. Puxou o amarelo para Felipe Nunes, depois de falta em Arlan, próximo a área do Figueirense. Na sequencia, Célio cometeu aquele que talvez foi o único erro no primeiro tempo. Dinélson sofreu falta de Toscano na lateral esquerda que não foi marcada. De sobra, o meia avaiano levou cartão amarelo por reclamação.

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O jogo seguiu sem lances duvidosos ou paralizações, e com 45 minutos e 3 segundos Célio Amorim apitou o fim do primeiro tempo. Sem acréscimos. A arbitragem passou despercebida e sem polêmicas no primeiro tempo.

A tranquilidade da primeira etapa deu lugar a muita correria e trabalho para Célio Amorim no segundo tempo. Com 10 segundos apitou a primeira falta, aos três minutos já eram quatro faltas marcadas. Aos cinco minutos amarelo para Alef por mais uma falta. Com 11 minutos, gol do Figueirense e jogo quente.

Célio Amorim não deu amarelo para William Magrão quando Marquinhos reclamou da falta sofrida. O árbitro também não tirou o cartão do bolso quando Wellington Saci sofreu falta feia de Pablo na lateral esquerda. Vaias e pressão da torcida. Célio dava sinais de que poderia se complicar na partida, mas o ritmo alucinante reduziu assim que o Figueirense recuou em campo.

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O preparo físico de Célio foi posto à prova com as jogadas de contra-ataque do Figueirense. Nos minutos finais se manteve próximo dos lances enquanto o Avaí pressionava. No fim do jogo, aos 47 minutos o lance que colocou o árbitro, até então discreto, entre os personagens do jogo. Apos bate-rebate na área do Figueirense, os jogadores do Avaí reclamaram de mão do zagueiro Douglas Silva.

Com 48 minutos e 10 segundos, Célio ergueu os dois braços e apontou o centro do gramado. Fim de jogo. Os jogadores do Avaí cercaram o árbitro que se manteve sereno e confiante na sua decisão. Célio distribuiu quatro cartões amarelos e marcou 30 faltas. O árbitro deixou o gramado tranquilo, sem ter comprometido o resultado do jogo.