Além de prender o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marín, realizada na madrugada desta quarta-feira, em Zurique, em parceria com a polícia da Suíça, o Departamento de Justiça norte-americano investiga outras possíveis irregularidades na entidade máxima do futebol brasileiro.

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As consequências da operação contra a Fifa que prendeu Marin:

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Em nota divulgada sobre a prisão do ex-mandatário e de outras seis pessoas, a Justiça dos Estados Unidos afirma estar investigando possíveis pagamentos de subornos nos contratos da CBF com uma marca de material esportivo norte-americana. O nome da empresa não foi divulgada.

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Porém, as suspeitas recaem sobre a Nike, fornecedora da entidade desde meados dos anos de 1990. Além disto, há as mesmas suspeitas sobre contratos assinados para a Copa do Mundo de 2014, disputada no Brasil.

Veja um trecho da nota divulgada pelo departamento de Justiça dos EUA:

Duas gerações de dirigentes de futebol abusaram de suas posições de confiança para ganho pessoal, frequentemente através de aliança com executivos de marketing inescrupulosos que barraram competidores e mantiveram contratos lucrativos para si mesmos através do pagamento sistemático de propinas. Os dirigentes são acusados de conspiração para solicitar e receber mais de US$ 150 milhões (cerca de R$ 400 milhões) em subornos em troca do apoio oficial dos executivos de marketing que concordaram com pagamentos ilegais.

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A maior parte dos esquemas alegados no indiciamento se relacionam a solicitação e recebimento de subornos por dirigentes de futebol pagos por executivos de marketing esportivo em conexão com a comercialização de direitos de mídia e marketing de diversas partidas e torneios – incluídas aí eliminatórias da Copa do Mundo na região da CONCACAF, a Copa de Ouro da CONCACAF, a Liga dos Campões da CONCACAF, a Copa América Centenário, a Copa América, a Copa Libertadores e a Copa do Brasil – que é organizada pela CBF.

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Outros esquemas alegados se relacionam com o pagamento de suborno em relação ao patrocínio da CBF por uma grande marca esportiva americana, a escolha da sede da Copa de 2010 e a eleição presidencial da FIFA em 2011.

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Quem foi preso?

Jeffrey Webb: presidente da Confederação das Américas Central e do Norte (Concacaf) e vice-presidente da Fifa;

Eduardo Li: presidente da Federação da Costa Rica;

Julio Rocha: agente de desenvolvimento da Fifa;

Costas Takkas: integrante da Concacaf;

Eugenio Figueredo: ex-presidente da Conmebol;

Rafael Esquivel: presidente da Federação da Venezuela e integrante da Conmebol;

José Maria Marin: ex-presidente da CBF.

Quem será indiciado?

Jeffrey Webb: presidente da Confederação das Américas Central e do Norte (Concacaf) e vice-presidente da Fifa;

Eduardo Li: presidente da Federação da Costa Rica;

Julio Rocha: agente de desenvolvimento da Fifa;

Costas Takkas: integrante da Concacaf;

Eugenio Figueredo: ex-presidente da Conmebol;

Rafael Esquivel: presidente da Federação da Venezuela e integrante da Conmebol;

José Maria Marin: ex-presidente da CBF;

Nicolás Leoz: ex-presidente da Conmebol e ex-membro do comitê executivo da Fifa;

Jack Warner: ex-presidente da Concacaf e vice-presidente da FIFA;

Alejandro Burzaco: executivo de mídia da Federação Argentina;

Aaron Davidson: presidente da Traffic Sports dos Estados Unidos e presidente do conselho da Liga de Futebol Norte Americana;

Hugo Jinkis: executivo de mídia de futebol;

Mariano Jinkis: executivo de mídia de futebol;

José Margulies: acusado de intermediar pagamentos ilegais.

*LANCEPRESS!