Catarinense presa em Londres recebe primeira visita do consulado brasileiro

A modelo catarinense presa em Londres recebeu a primeira visita do consulado brasileiro desde que foi detida pelo rapto da própria filha, em 1º de novembro. Um representante consular foi até a Holloway Prison nesta terça-feira conferir as condições em que se ela encontra.

Fernanda Guiguer Souza, 29 anos não registrou privações na prisão, conforme informações da assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores.

À administração da prisão foi reiterado o pedido de atenção especial à catarinense em relação a assistência médica, já que Fernanda está grávida de quase quatro meses.

O consulado esclareceu à Fernanda o que compete ao órgão nesse momento: garantir que ela tenha toda a assistência jurídica para responder ao processo em que é ré. A catarinense conta com advogado indicado pelo Reino Unido.

O noivo de Fernanda, o baiano Wagner dos Santos que também é réu no processo e está preso em outra unidade prisional de Londres não recebeu visita do consulado.

Conforme a assessoria, o motivo é porque Wagner não solicitou a visita, ao contrário de Fernanda e da família dela, que estava preocupada com a saúde da modelo.

O consulado informou que não há previsão de nova visita à catarinense, mas que continua acompanhando o caso. Fernanda deverá ir a júri popular em 18 de março pelo rapto da filha Rafaely Guiguer Vieira, oito anos.

Natural de Criciúma, no Sul de SC, Fernanda tem a guarda da menina no Brasil, mas o documento não vale na Europa. Conforme sua família, depois de dois meses tentando reaver a filha que passava férias com o pai em Londres, Fernanda decidiu pegar a criança sem o consentimento do pai, que acionou a polícia metropolitana, a Scotland Yard.

Fernanda e Wagner foram presos pela Europol, no dia 1º de novembro, no aeroporto de Heathrow quando tentavam voltar ao Brasil com Rafaely.

O pai de Rafaely, o ex-jogador de futebol Rafael Isidro Vieira, 30 anos luta pela guarda da filha na Inglaterra e disse que depois vai tentar a guarda no Brasil.