Curitiba já não vai mais receber jogos da Copa do Mundo, mas um manezinho fez parte de um time que não entra em campo, mas que fez a Arena da Baixada receber os quatro jogos do Mundial com padrão Fifa de qualidade. Carlos Eduardo Pereira Bonatelli, 31 anos, foi o coordenador de operações do estádio, contratado pelo Comitê Organizador da Copa.
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Bonatelli chegou até o cargo, que lhe garantia acesso irrestrito a todos os setores da Arena, por indicação de um profissional contratado pela Fifa que conhecia o trabalho que ele havia feito na Ressacada, coordenando os jogos do Avaí. Foram três meses em Curitiba, com jornada de trabalho de até 14 horas e muito perrengue.
– Um dia antes do primeiro jogo os elevadores ainda não haviam sido ligados e tive que carregar entulho para deixar tudo pronto. Mas o que fica é o contato de conhecer gente do mundo todo, a experiência foi muito bacana.
Se eles fizeram festa em Balneário Camboriú, na Baixada deram muito trabalho. Segundo Bonatelli, alguns argelinos foram os que mais incomodaram dentro do estádio.
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– Não posso ver um na frente (risos). Eles não respeitavam o lugar, queriam ficar atrás do banco de reservas do time dele e a gente teve que chamar a segurança e teve o apoio da polícia da Argélia. Eram os policiais chegarem que eles voltavam para o lugar.

Argelinos levaram tapete pra rezar no estádio. Foto: Carlos Eduardo Bonatelli
O que ele viu e fez
::: Argelinos e iranianos levando tapetes para o estádio para rezar virados para Meca.
::: Coordenou as equipes de limpeza, de bar e a abertura e fechamento dos portões.
::: Foi um dos 12 coordenadores de estádio treinados pela Fifa no Maracanã.
::: Carregou entulho para deixar a Arena da Baixada “pronta”, já que as obras ainda não acabaram.