A Polícia Civil deve tratar a morte de um casal na zona Sul de Joinville, na noite de terça-feira, como uma execução promovida pelo tráfico de drogas. O inquérito deve ser concluído no começo de maio e o irmão de Carlos Alberto Machado da Rosa, José Machado, deve ser uma das testemunhas do caso.

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Ele disse à polícia na noite do crime que Daiane Cristina Machado e Carlos Alberto estavam recomeçando a vida, mas enfrentavam problemas por causa do uso de drogas, especialmente por parte de Daiane.

– Olhem o que acontece com quem usa drogas. Isso não leva a nada, gente. Um menino que não tinha nenhuma passagem pela polícia está aí, morto – dizia, inconformado, o irmão de Carlos Alberto.

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O casal foi assassinado na calçada da rua Dilson Funaro, que liga o núcleo do bairro Ulysses Guimarães com o loteamento Juquiá. Eles voltavam para casa quando foram baleados por uma dupla que passou de moto pela rua.

Violência se volta para a zona Sul de Joinville

Conforme relato de testemunhas, o casal estava em uma bicicleta e foi abordado por dois homens. A mulher teria sido identificada por um deles como Daiane, que cumpria pena em uma prisão albergue sem recolhimento.

Nesse momento, Carlos Alberto, que não tinha passagens criminais e a acompanhava, tentou intervir e recebeu três tiros, sendo dois na cabeça e o outro ombro. Em seguida, os criminosos desferiram mais seis tiros contra Daiane, três nas costas e outros três quando ela já estava no chão – um na cabeça, um no pescoço e um no ombro. Após o crime, a dupla fugiu do local sem deixar pistas.

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Daiane era mãe de um menino de cinco anos. Ela foi presa por furto em 2009 e ainda cumpria pena, mas em prisão albergue. Desde o começo de março, mais de dois terços dos assassinatos ocorreram na zona Sul de Joinville. Com as duas mortes da noite de terça, pelo menos sete pessoas já foram assassinadas no Ulysses Guimarães desde janeiro deste ano, o que coloca o bairro entre os mais violentos de Joinville.