Foram 31 dias e 8.500 quilômetros rodados a bordo de um Uno Milli Way. De volta há pouco mais de uma semana, o casal de Jaraguá do Sul Rodrigo e Sheila Machado ainda tentam transformar em palavras toda a experiência vivida na Expedição Voar Alto nos Andes, que os levou pela Argentina e Chile em busca de pontos de voo livre. Entre impressões e lembranças intensas, o casal retornou com vislumbres do futuro e já preparam as próximas aventuras nas quais embarcam ao longo de 2015 e 2016.

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O Chile foi o principal ponto de voo do piloto de parapente Rodrigo e da esposa Sheila. A costa chilena apresentou um desafio e surpresas para o experiente piloto, que se deparou pela primeira vez com uma área de deserto, na qual pedras e areia são mais comuns que árvores e matas. O calor emanado do solo cria fortes correntes de ar ascendente, que tornam perigosos os voos a partir do meio da tarde – a última decolagem é sempre feita até às 13 horas.

Iquique, Antofagasta, Hornitos e Palo Buque foram as cidades nos quais a exploração do céu ocorreu com mais frequência. E foi lá, também, que o casal sentiu o solo mais intenso. Nos dias em que estiveram em Iquique, vivenciaram um terremoto de 5,3 graus. Foram cerca de 12 segundos de tremor, em uma situação que já é considerada comum para os chilenos.

Foi nessa cidade, também, que a acolhida foi mais calorosa – e já resultou em ambições futuras. Em Iquique, Rodrigo realizou voos duplos com clientes da escola Parapente Iquique, de um amigo em comum. Por lá teria ficado o casal brasileiro, não fossem as obrigações que os trouxeram de volta ao Brasil. Para 2016, porém, o desafio está lançado: voltar à cidade e cumprir os três meses de temporada de voos trabalhando no Chile. Outros planos, porém, devem ser desenvolvidos em terras tupiniquins: explorar os dez pontos de voos mais interessantes do Sul brasileiro e acompanhar um salto de parapente feito de um balão estão na lista para este ano.

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