Benta Maria do Amaral, 71 anos, não pulava Carnaval desde a adolescência. Neste ano, porém, teve um motivo especial para celebrar a festa: ela foi uma das homenageadas pelo tradicional bloco Baiacu de Alguém, que desfila pelas ruas de Santo Antônio de Lisboa. Desta vez, o grupo homenageou as rendeiras, que ganharam espaço especial nos desfiles e ensaios do bloco. Benta mal podia conter a alegria.

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– Eu só dançava Carnaval quando era solteira, e nunca vi convidarem as renderias. É muito legal, nós ficamos muito contentes – diz a moradora do Sambaqui, que faz rendas desde os 7 anos de idade.

Celio Moraes, que faz parte da organização do Baiacu de Alguém, conta que faz parte dos objetivos do bloco valorizar a cultura de Florianópolis.

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– Todo ano a gente tem algum mote. Desta vez, quisemos resgatar as rendeiras da região, que as vezes não são reconhecidas nem por quem mora aqui – explica.

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É por isso que nos dias de desfile do Baiacu, que começaram na última sexta-feira e encerram nesta segunda, a bateria do bloco, na avenida, para por um momento para dar espaço às rendeiras, que cantam e dançam em meio à multidão.

O bloco foi criado em 1992 para participar do Carnaval do centro da cidade, mas logo percebeu que sua vocação era integrar a comunidade. Chegou a participar de festas no Campeche, mas em 1999 se instalou em Santo Antônio de Lisboa pra ficar.

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Hoje, já não tem mais só o Baiacu nas ruas do bairro. Antes do tradicional bloco passar, o Bloco da Kombi abriu os trabalhos, seguido pelo Arrastão da Alegria, movimentando as ruas históricas do bairro com milhares de foliões.