As prisões preventivas decretadas ao agente prisional Euclides Woitexem Neto e ao vigilante terceirizado Márcio Mafra de Jesus, durante as investigações da Operação Agente Duplo, foram substituídas nesta sexta-feira pela Justiça por medidas cautelares. Os dois foram liberados da Penitenciária Industrial, porém estão proibidos de retornar as atividades no Presídio Regional de Joinville, e de manter contato com funcionários da unidade ou envolvidos na investigação.
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Euclides e Márcio são acusados pela investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de favorecer a entrada de armas, drogas e celulares no presídio, além de ajudar em fugas. Ambos negam as acusações e afirmam ser vítimas de retaliação. Eles permanecem respondendo ao processo, mas aguardarão o julgamento em liberdade.
O carcereiro – que é concursado da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania – está proibido de exercer qualquer função pública. Há duas semanas, ele obteve habeas corpus no Tribunal de Justiça de SC relacionado a um dos processos a que responde – o de posse ilegal de armas -, mas permaneceu preso acusado de corrupção passiva.
A prisão de um dos oito denunciados pelo Ministério Público nesta semana, que já cumpre pena no presídio, também foi revogada, mas ele permanecerá na cadeia respondendo a outros processos. Os demais denunciados continuam detidos. Entre eles, há outro agente prisional, Jeferson da Silva Pinto, preso em flagrante no dia 17 de julho, e Deise Ferreira dos Santos, mulher e irmão de presos. Segundo o Gaeco, Jeferson foi flagrado recebendo drogas de Denise na intenção de entregá-las a detentos.
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Jeferson é acusado ainda de ter facilitado a fuga de um detento. Outros três detentos são acusados pelo MP de participarem do esquema. Além deste crime, todos os oito réus são acusados de corrupção passiva por planejarem a fuga de detentos.
No processo, estão inclusas informações telefônicas e bancárias dos envolvidos. O juiz responsável pela 2ª Vara Criminal, Gustavo Aracheski, determinou prazo de 15 dias para que os réus apresentem defesa preliminar.