Esta é uma série de questionamentos aos candidatos à prefeitura de Itajaí. Eles já falaram sobre o Porto de Itajaí. Agora, o assunto é a polêmica que envolve o Canto Norte da Praia Brava.
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O candidato é a favor das construções no Canto Norte?
Anna Carolina ( PSDB)
A beleza da Praia Brava é ser agreste. Enquanto puder lutar pra não ter o sombreamento, vou lutar. Se a lei der oportunidade para as grandes construções, vão ter que ter o recuo necessário pra pelo menos isso não acontecer. Tenho uma vontade pessoal de que lá seja um grande parque natural. Só que como cidadã, ou administradora, não estou acima da lei. Tem a questão do solo criado, e sou favorável. Acho que é um bom investimento para Itajaí, mas quero que passe pelo conselho responsável, com estudo de impacto de vizinhança, e também pontuar melhor onde esse dinheiro será aplicado. Não posso receber dinheiro do solo criado e investir em asfalto, por exemplo, que é algo difícil de ser fiscalizado. Mas sim em grandes obras, em especial de mobilidade.
João Paulo ( PP)
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Empreendimentos são bem vindos e têm que ser feitos com critério de sustentabilidade e ocupação racional. Mas tenho preocupação que isso não gere uma área de exclusão. Se for um grande empreendimento que exclua os mais humildes, sou a favor do solo criado, revertido pra investimento não ali, mas em outras áreas da cidade como o Nossa Senhora das Graças, o Imaruí. Se o capital ocupa de forma excludente uma área nobre da cidade, é justo que custeie intervenção que melhore a vida das pessoas mais humildes que não vão mais ter espaço, condição social pra ocupar aquele espaço que é público. É justo que esses empreendedores custeiem intervenções não ali. Em vez de criar cidade para ricos e para pobres, crescemos como um todo.
Volnei Morastoni ( PMDB)
Tem que entender como estava a Praia Brava em 2005, quando assumi o governo. Era esquecida, vivia às escuras, era área de desova, não tinha água. Era terra de ninguém. Quando assumi, foi ali que começamos o projeto de saneamento. Alguns me acusam de ter aberto os caminhos pra devastar a Brava, mas quem protegeu fui eu. Fizemos pavimentação, porque era só pó, criamos o Plandetures. Fizemos um plano diretor pra Praia Brava, protegendo o Canto do Morcego. A morraria é inviolável, intocável. Mas à direita, todo o Canto Norte, seria passível ( de construção) a partir de estudos que garantissem a proteção ambiental, às restingas, à mata ciliar. Hoje as decisões estão na Justiça. Poderia construir? Dentro da ótica de desenvolvimento sustentável, econômica, social e ambiental.