No retorno do SuperSurf à Praia da Joaquina, o primeiro dia já contou com a atuação de um campeão brasileiro: Jean da Silva, primeiro catarinense a conquistar um título nacional, em 2010, caiu na água disposto brigar por mais uma vitória. Alcançou uma das maiores pontuações da quarta-feira (15 pontos) na primeira fase e ganhou o direito de voltar para a água à tarde, quando se classificou para o terceiro round mesmo com uma marca menor, de 10,66.

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Em dia de sol na Joaquina, SuperSurf define 16 classificados

Raoni Monteiro vence a primeira bateria do SuperSurf

– O Campeonato está muito maneiro. O Brasileiro está a cada ano mais difícil, os atletas estão mais profissionais. Isso é bom, puxa o nível de todo mundo. Temos 160 competidores e todos são excelentes surfistas. É o circuito nacional mais forte do mundo – afirma o catarinense, que promete brigar pelo título da etapa, mas para isso terá, primeiro, que superar nesta quinta-feira os paulistas Leandro Cruz e Samuel Pupo, e o catarinense Willian Cardoso, campeão da etapa da Joaquina no SuperSurf de 2008.

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De Olho nas Ruas: Começa a disputa do SuperSurf

Elite do surfe em ação na Joaca

A partir das 8h, serão realizadas as últimas oito baterias da segunda rodada, mais 16 baterias da terceira fase, com a estreia de outros campeões brasileiros, como Gustavo Fernandes (2008), Tanio Barreto (2001) e Victor Ribas (1997).

Confira abaixo a entrevista completa com Jean da Silva.:

Como foi o primeiro dia da etapa?

A condição do mar melhorou para a tarde. Tem um banco de areia bem na frente do evento, um inside, que está definindo bem as esquerdas. O sistema de prioridades do campeonato está funcionando bem, a gente consegue escolher as melhores ondas, não tem aquela disputa. Está bem maneiro o campeonato, as ondas estão boas, estou curtindo. Foi um dia bem cheio, espero que a semana seja também, até domingo, para ir à final e vencer, que é meu objetivo.

O tão esperado retorno do SuperSurf está atendendo as expectativas?

Sim, está de parabéns. Trouxe grandes nomes do circuito brasileiro, muitos atletas que estavam competindo só o Mundial, e hoje participam do circuito nacional. Temos 160 competidores e todos são excelentes surfistas. É o circuito nacional mais forte do mundo.

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Qual a importância desta etapa para quem está brigando pelo título nacional?

Esse evento é muito importante, o que dá mais pontuação no Brasileiro. Eu não estou entre as cabeças, não participei da segunda etapa do SuperSurf, mas se ganhar as duas etapas, quem sabe? Quero ficar entre os melhores do circuito nacional, que se fechar para 2016 (selecionar um número determinado de participantes de acordo com o ranking), quero estar dentro da elite. Em Floripa estou contando com o apoio dos meus amigos que são daqui, dos que vem de Joinville. Uma galera maneira que me apoia e isso me dá bastante motivação, bastante força.

Com 30 anos, você faz parte de uma geração intermediária, não está entre os mais novos que nunca participaram de um SuperSurf, nem entre lendas como Victor Ribas, Fabinho Gouveia.. O que acha desse momento de encontro de gerações?

Acho muito bacana. Eu cresci no surfe assistindo essas lendas do circuito mundial, esses grandes guereiros que abriram as portas para a gente, e agora estamos aqui competindo juntos. Para mim é uma honra estar participando com eles e me deixa muito motivado, faz com que dê meu melhor, não é porque eles têm mais experiencia que vou deixar ganharem de mim.

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E o que os mais novos têm a aprender com o SuperSurf?

É um evento que dá muita base de competição, porque os brasileiros são conhecidos mundialmente por serem competidores natos, somos muito gurreiros, sempre fazemos acontecer coisas impressionantes em situações adversas. É uma grande escola para quem está iniciando agora.

Está mais difícil vencer agora ou em 2010?

Está a cada ano mais difícil, os atletas estão mais profissionais, têm mais estrutura por trás de cada competidor. Isso é bom, puxa o limite de todo mundo, favorece a todos.

Como vê Santa Catarina no cenário nacional?

Temos bom competidores. Eu já fui campeão brasileiro, Tomas Hermes também já se sagrou, em 2011. Há vários competidores surfando bem e com chances de vencer, ainda mais sendo aqui na Joaquina, que a gente compete a vida inteira. Gosto muito de Floripa, foi aqui que participei dos meus primeiros eventos, já venci vários campeonatos profissionais e amadores, já fui campeão catarinense, tenho boas memórias e uma relação muito boa.

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Veja quais serão as baterias da 2ª e 3ª fases: