Uma das principais ligações de Joinville com o Planalto Norte catarinense, a Estrada Dona Francisca (SC-418) vira tema de uma proposta polêmica: ser fechada para a circulação de caminhões que transportam cargas perigosas. A proposta foi defendida ontem pelo secretário do Meio Ambiente e presidente do conselho gestor da área de preservação ambiental Dona Francisca, Juarez Tirelli.

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– Estamos falando da proteção do rio Cubatão, que abastece 70% de Joinville – reforçou Tirelli em reunião com representantes de empresas distribuidoras de combustíveis, sindicatos de postos e transportadores, do governo do Estado (Fatma, Polícia Militar, Secretaria de Desenvolvimento Regional, Defesa Civil) e Companhia Águas de Joinville.

Segundo Tirelli, qualquer acidente com carga perigosa que atinja o rio e a estação de tratamento pode deixar uma população superior a 500 mil habitantes sem água por seis meses.

O secretário citou como exemplos dois acidentes ocorridos em janeiro com óleo de xisto e óleo diesel, cujas cargas foram contidas a tempo. Ele explicou que, por se tratar de uma área de preservação ambiental (APA), a Prefeitura pode determinar a proibição por decreto com efeito imediato. Pelo governo do Estado, caberia ao Departamento do Infraestrutura (Deinfra) a sinalização e à Polícia Militar Rodoviária a fiscalização.

Representantes dos transportadores e postos de combustíveis chegaram a propor uma solução intermediária, com proibição apenas para a descida de caminhões pela Estrada Dona Francisca, pois é neste sentido que ocorrem os acidentes. A rota alternativa seria a BR-280. O encaminhamento final da reunião foi propor aos representantes de órgãos públicos e empresas de transporte de combustíveis o aprofundamento da discussão internamente.

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