Após o incêndio que atingiu cinco boxes na madrugada do dia 19 e fechou o camelódromo por 10 dias no centro de Florianópolis, o comércio popular da Capital reabriu as portas nesta semana. O atendimento ao público foi autorizado na segunda-feira, após liberação do Corpo de Bombeiros no domingo à noite, com restrição apenas aos boxes onde o fogo iniciou, 97 e 98, que ainda vão levar duas semanas para se readequarem.

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De acordo com o administrador do camelódromo, José Roberto Leal, o Zezinho, sem seguro contra incêndio nas lojas e no prédio do camelódromo desde o seu funcionamento, há 27 anos, a conta não sairá barata para os comerciantes.

O custo da reforma da estrutura do prédio deve alcançar R$220 mil e será pago pela administração e depois rateado e parcelado na conta do condomínio entre os 130 comerciantes do local. Já o prejuízo com a perda de mercadorias dos cinco boxes atingidos – 96, 97, 98, 102 e 103 – estimado em R$600 mil, será bancado pelos próprios comerciantes.

—Vamos parcelar a conta da reforma em várias vezes para não pesar muito. Depois da reforma, a nossa intenção é providenciar um seguro contra incêndio para o prédio e estimular cada lojista a contratar também. Precisamos fazer essa avaliação, porque as perdas foram grandes—afirma Zezinho.

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Outra medida anunciada pela Associação dos Comerciantes do Camelódromo é de que a chave geral de energia elétrica do espaço, agora será desligada sempre após o fechamento do local, por volta de 20h. Antes, cada comerciante tinha a responsabilidade de desligar a chave de seu estabelecimento.

Obras continuam e causas ainda não foram reveladas

Mesmo reaberto, o camelódromo segue em obras. Além da reforma e adequação dos boxes atingidos, ainda faltam ajustes no forro contra incêndio, no telhado, em uma das vigas de sustentação e na central elétrica.

—Também vamos fazer uma vistoria na parte elétrica em todos os boxes para certificar que tudo está em ordem— ressalta Zezinho.

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Apesar de as perdas terem sido grandes, os comerciantes mostram confiança na retomada dos trabalhos e na recuperação dos prejuízos. É o que diz a funcionária dos boxes que também tiveram perda total, 102 e 103, Milene Albino.

—O fogo destruiu tudo, mas os donos estão confiantes, refazendo os boxes e recomeçando— diz ela.

O sentimento é compartilhado também pelo comerciante Joel Silva, que não teve sua loja atingida, mas presenciou o susto causado pelo incêndio.

—Todos nós levamos um susto grande, mas agora acredito que as vendas já começam a se normalizar — disse.

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As causas do incêndio ainda não foram reveladas. Segundo o Corpo de Bombeiros, o prazo para entregar o laudo é de 20 dias úteis desde o incêndio.

O incêndio

O camelódromo de Florianópolis foi atingido por um incêndio na madrugada da sexta-feira, 19. Por volta das 3h30min, um vigilante que trabalha no local percebeu o fogo e ligou para o Corpo de Bombeiros.

Segundo informações da Central de Emergência, o incêndio começou da loja 97, de produtos eletrônicos, no lado esquerdo da estrutura. As chamas só foram controladas cerca de duas horas depois, às 5h30min. Apesar do susto, ninguém se feriu.

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O local possui todos os alvarás do Corpo de Bombeiros em dia, sistemas de prevenção contra incêndios e forro antichamas, que evitou danos maiores.