Menos de quatro dias após o incêndio que atingiu o camelódromo de Florianópolis na madrugada da última sexta-feira (19), uma nova avaliação nos boxes e na estrutura do prédio estimou em R$ 800 mil os prejuízos causados pelo fogo.

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A informação é do administrador do camelódromo, José Roberto Leal, o Zezinho, que na tarde desta segunda-feira abriu o local para uma nova vistoria do Corpo de Bombeiros.

— R$ 600 mil são de prejuízos dos donos dos boxes, e cerca de R$ 200 mil relativos à estrutura e elétrica do prédio — calcula Zezinho, presidente da Associação dos Comerciantes do Camelódromo.

O espaço de compras populares deve ser reaberto na sexta-feira (26), depois de concluída a limpeza e os reparos na parte elétrica e estrutural da edificação. Apenas cinco dos 130 boxes do local devem permanecer fechados, justamente as lojas que foram atingidas pelas chamas.

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— Esperamos reabrir na sexta-feira, depois que todas as exigências de segurança forem inspecionadas pelo Corpo de Bombeiros. Já as quatro lojas que tiveram perda total, e outra atingida parcialmente, devem demorar mais um mês para abrir — informou Zezinho.

Inicialmente, Zezinho acreditava que apenas duas lojas tinham sido atingidas pelo fogo, o boxe 97, de artigos eletrônicos, e o 98, onde funciona uma ótica. No fim de semana, porém, se constatou que outras três lojas foram atingidas.

— Os boxes 102 e 103 também tiveram perda total, assim como o 97 e 98. Já o 96 teve perdas de 10% — explicou Zezinho.

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O major Jesiel Alves, do Corpo de Bombeiros, não quis falar quais são as suspeitas em relação à origem do fogo. Afirmou que estava no local nesta segunda-feira “para tentar comprovar uma teoria”, mas não quis fornecer maiores detalhes.

— Estamos tentando comprovar a teoria, mas não posso adiantar do que se trata, até porque pode não ser o correto — destacou.

Jesiel disse que o prazo para entregar o laudo é de 20 dias úteis desde o incêndio. Mesmo assim, as respostas conclusivas para o ocorrido podem chegar antes ou até depois do prazo estipulado inicialmente.

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— Se não tiver nenhuma dificuldade, pode ser que o laudo saia antes desses 20 dias. Mas também pode ser que saia depois. Se tivermos que requerer algum documento ou teste de laboratório, a gente pode prorrogar esse prazo. Mas a princípio, a norma fala em 20 dias úteis.

Comerciantes não possuíam seguro, mas associação garante que arcará com os custos

Composto de 130 boxes, nenhum dos lojistas do camelódromo possuía seguro das lojas e mercadorias, informa Zezinho. Agora, ele pretende providenciar um seguro coletivo para os trabalhadores do local.

— Em relação aos prejuízos, eles serão cobertos pela administração do camelódromo — garantiu o administrador, que estima entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil por dia a média de faturamento dos boxes do local.

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Outra medida anunciada pela Associação dos Comerciantes do Camelódromo é de que a chave geral de energia elétrica do espaço, agora será desligada sempre após o fechamento do local, por volta de 20h. Antes, revela, cada comerciante tinha a responsabilidade de desligar a chave de seu estabelecimento.

— A partir de agora, vamos desligar a geral às 20h, depois que as lojas fecham — conclui Zezinho.

O incêndio

O camelódromo de Florianópolis foi atingido por um incêndio na madrugada da última sexta-feira. Por volta das 3h30min, um vigilante que trabalha no local percebeu o fogo e ligou para o Corpo de Bombeiros.

Segundo informações da Central de Emergência, o incêndio teria começado em uma loja de produtos eletrônicos no lado esquerdo da estrutura. As chamas só foram controladas cerca de duas horas depois, às 5h30min. Apesar do susto, ninguém se feriu.

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Zezinho, administrador do camelódromo, destaca que o local possui todos os alvarás do Corpo de Bombeiros em dia e sistemas de prevenção contra incêndios:

— O forro é anti chamas, acredito que por isso o fogo não se espalhou mais e evitamos uma tragédia maior.