Quatro cidades catarinenses aumentaram os números de cadeiras de vereadores em suas câmara municipais, retomando uma discussão que ainda pode se estender para outros 36 municípios no Estado. A mais recente foi São José, que na última semana, criou seis vagas. No ano passado, Içara, Mafra e Porto União também aprovaram mudanças. As quatro somam 17 vereadores a mais em Santa Catarina.

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Se todas as Câmaras que puderem aumentar aprovarem projetos – considerando ainda São José e Mafra que criaram novas vagas, mas ainda não chegaram ao teto permitido pela constituição -, seriam 114 novas cadeiras nos legislativos municipais do Estado.

Três já estão com projetos tramitando. Capinzal aprovou a matéria em primeira votação, mas ainda requer segundo turno. Em Palhoça um projeto que aumenta o número de 11 para 17 está parado e não há previsão de quando ou se realmente será votado. Barra Velha também já entrou com um projeto, mas segue engavetado.

Os representantes da maior parte – 25 câmaras – afirmaram que não pretendem aumentar o número de vereadores e que não há previsão de criar projetos para isso. Mas ao menos quatro câmaras informaram que não descartam a possibilidade de o assunto voltar em pauta – Concórdia, Navegantes, Taió e São Lourenço do Oeste. Outras quatro tentaram ampliar o quadro entre 2011 e 2013, mas as propostas foram rejeitadas – Forquilhinha, Urussanga, Morro da Fumaça e também São Lourenço do Oeste.

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Desde a mudança na Constituição em 2011, segundo um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios, 53% das câmaras catarinense já aumentaram o seu número de parlamentares máximos. Em todo o Brasil, o número de vereadores aumentou de 51.748, em 2009, para 57.283 no ano passado.

A principal defesa de quem é favorável ao aumento é que os municípios não estavam mais representados de forma real, de acordo com o tamanho de suas populações. Existiria uma concentração do poder na mão de poucos eleitos e mesmo grandes bairros de algumas cidades estariam sem representantes nas câmaras.

Na outra ponta, o argumento dos contrários é que eleger mais políticos não remete a mais representatividade. No caso dos bairros que não têm representantes, por exemplo, nada garante que com a criação de mais vagas os candidatos destes locais serão eleitos.

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