Uma representação contra o vereador João Carlos Gonçalves (PMDB) foi rejeitada nesta terça-feira na sessão da Câmara de Vereadores de Joinville. Protocolado na última sexta-feira, o documento pedia a abertura de um processo de cassação e perda de mandato do vereador e ex-presidente da Câmara.

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De acordo com a documentação, o denunciante solicitava uma comissão processante para investigar um esquema denominado de “caixinha” no gabinete de João Carlos. Após apreciação em plenário, o pedido foi rejeitado por 14 votos contrários, dois favoráveis e três abstenções.

A representação diz respeito a suposta cobrança pelo vereador de 10% dos salários de servidores comissionados que trabalhavam em seu gabinete. O documento de nove páginas reproduz os diálogos gravados entre servidores da Câmara e um amigo de João Carlos.

Em uma das partes da gravação, um dos envolvidos suspostamente faz contato com o assessor para fazer a cobrança do esquema, que teria acontecido quando o vereador exercia a presidência da Câmara.

– Em um universo onde trabalham mais de 15 pessoas, é no mínimo suspeito que apenas uma pessoa apareça com uma denúncia desse calibre. É evidente que existe motivação política. Este tipo de postura não será tolerada. O posicionamento da Câmara expressa bem esta postura – disse o vereador.

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De acordo com o vereador, o denunciante Glauber Adriano trabalhou em seu gabinete entre 2013 e 2014, durante um ano e meio, no cargo de assessor parlamentar 1, e foi durante esse período que fez as gravações que, segundo o vereador, estão sendo usadas fora de contexto.

Um inquérito foi aberto na 13ª Promotoria de Justiça para investigar a denúncia do ex-assessor sobre enriquecimento ilícito.