Resultado de uma conversa entre o Legislativo de Joinville e a Justiça Eleitoral, um novo projeto para dar fôlego ao cadastramento biométrico para as eleições de 2016 começa a se desenhar na Câmara.

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Apresentada aos vereadores na última semana, a ideia é que cada gabinete libere um de seus funcionários concursados para realizar o treinamento junto à Justiça Eleitoral e, depois, começem a atuar no cadastro biométrico dos eleitores joinvilenses.

Existe a possibilidade de um novo ponto de cadastramento ser instalado na sede do Legislativo. Hoje, o atendimento é feito apenas na rua Otto Bohem, no Centro.

– É um esforço da Câmara para agilizar este processo importantíssimo. Estamos discutindo passo a passo e elaborando todos os detalhes do projeto para ajudar ao máximo a Justiça Eleitoral, um clamor de vários vereadores aqui da casa – disse o presidente da Câmara, Rodrigo Fachini (PMDB).

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De acordo com ele, a proposta ainda está sendo discutida com os vereadores. Para que o processo entre em funcionamento, é necessário que a Câmara prepare um projeto de lei para validar a ação junto ao departamento jurídico da casa.

A medida do Legislativo é uma alternativa para potencializar o cadastramento, já que até ontem à tarde apenas 11% dos eleitores de Joinville haviam feito o cadastro, ou seja, cerca de 42 mil de um total de 389 mil eleitores.

Segundo Carlos Penayo, chefe de cartório da 19ª zona eleitoral de Joinville, apesar de a iniciativa do Legislativo estar em estudo pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ela não deve alterar consideravelmente o volume de cadastros na cidade.

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– Hoje, o atendimento é bem rápido porque a nossa estrutura é própria para isso. No próximo dia 27 de julho, vamos ampliar o horário de funcionamento, das 9h às 18h sem intervalos, por conta do reforço dos oficiais do Exército. Isso deve elevar para quase 2 mil cadastros por dia. Outro ponto no Centro não me parece ser a melhor alternativa. Um espaço no bairro, por exemplo, faria muito mais diferença – destacou Penayo.

Embora a medida ainda esteja em discussão, alguns vereadores já sinalizaram que não vão ceder funcionários para o trabalho com a Justiça Eleitoral.

– Se o funcionário está contratado para o meu gabinete, é porque ele é importante na nossa estrutura. Ninguém aqui está de braços cruzados, então não posso me desfazer de um oficial de gabinete – defendeu o vereador Adilson Mariano, que pediu a desfiliação do PT.

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Já o vereador Maycon César (PPS) afirma que apesar de ser favorável ao projeto para agilizar o cadastramento, não pode abrir mão do oficial de gabinete.

– Existem funções específicas dos oficiais que são vitais para o bom funcionamento do gabinete. Posso colocar qualquer assessor parlamentar à disposição da casa, mas o oficial de gabinete não – explicou o vereador.