Marcada por discursos emocionados, bate-boca entre vereadores e plenário lotado, a sessão desta segunda-feira da Câmara de Vereadores de Joinville rejeitou a proposta de abertura da comissão processante que culminaria com o afastamento do prefeito Udo Döhler do cargo.

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Onze dos 19 vereadores pediram a abertura da comissão, mas o número foi insuficiente para concretizá-la. Eram necessários mais dois votos para isso acontecer. Sete vereadores foram contra e um se absteve.

Por quase cinco horas, o Legislativo discutiu o pedido de investigação pelo descumprimento de medidas na área da saúde e pela paralisação dos servidores do Hospital Municipal São José.

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No espaço destinado às bancadas em plenário, os vereadores Manoel Bento (PT), Odir Nunes (SD), Maycon César (PPS), Adilson Mariano (PT), Levi Rioschi (PPS) e Zilnety Nunes (PSD) defenderam com vigor a investigação do prefeito, uma resposta ao pedido da 15ª Promotoria Pública por um posicionamento do Legislativo sobre o descumprimento do Executivo na saúde.

– A falta de resposta e de uma postura do prefeito Udo diante de uma cidade parada e refém da falta de gestão é inadmissível. É preciso que se tome uma atitude, e o Ministério Público nos deu uma alternativa – disse Odir Nunes.

A bancada do PMDB, representada pelo vereador João Carlos Gonçalves, usou o tempo na tribuna para defender os investimentos da Prefeitura na área da saúde. Após todas as bancadas terem sido ouvidas, o vereador Maycon César pediu agilidade na votação, o que causou um desentendimento entre ele e o presidente da Câmara, Rodrigo Fachini (PMDB).

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O presidente em exercício do Sindicato dos Servidores, Tarcísio Tomazoni, convidado de Adilson Mariano, sugeriu à casa um projeto de autoria do vereador que altera a lei municipal em relação ao pagamento de adicional de insalubridade. De acordo com o projeto, o prefeito ganharia autonomia para deliberar sobre a necessidade ou não do pagamento.