A direção da Câmara de Vereadores de Joinville decidiu não publicar mais em seu site o gabarito da prova do concurso realizado neste domingo e vai cobrar explicações do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), sobre suposto plágio de questões.

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Os próprios candidatos perceberam o problema nas provas para as vagas de jornalismo e relações públicas.

Nas redes sociais, eles listaram pelo menos 15 situações em que há questões similares ou idênticas a outro concurso realizado em 2009 pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), da UnB, para o cargo de jornalista do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e a um site de questões de concurso.

Por meio da assessoria de imprensa, o presidente da Câmara, João Carlos Gonçalves (PMDB), informou que somente o Ibam pode explicar porque a prova não respeitou o contrato, que previa o ineditismo das questões.

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Por telefone, Flávio Marcos, um dos diretores do Ibam que esteve em Joinville no fim de semana, disse que o instituto “procura fazer questões inéditas”, mas admitiu que, “às vezes, em casos de concurso em que há cargos iguais, é natural que algumas questões sejam semelhantes”. Ele não soube informar se havia alguma questão idêntica.

Segundo Marcos, todos os candidatos que se sentirem prejudicados por alguma situação têm o prazo de dois dias para recorrer.

A candidata Gisele Silveira imprimiu as questões e levou o material do Ministério Público de Santa Catarina. Antes, ela passou na Câmara para tentar conseguir uma cópia do contrato, mas não obteve êxito.

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Na semana passada, antes da prova, uma ação protocolada quinta-feira na Justiça pedia a suspensão temporária do concurso público da Câmara de Vereadores de Joinville, mas foi indeferida pela Justiça.

A ação questiona a contratação do Ibam sem licitação e o número das vagas dedicadas a portadores de deficiência.