Calendário de reposição de aulas segue sem definição em Blumenau

Quinze dias depois do fim da greve dos servidores públicos municipais a prefeitura de Blumenau ainda não apresentou o calendário de reposição das aulas da rede municipal de ensino. De acordo com o secretário de Administração Carlos Schramm estão ocorrendo reuniões entre representantes do governo, do Sindicato Único dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Blumenau (Sintraseb) e do Conselho Municipal de Educação (CME), mas ainda não houve consenso sobre a melhor forma de reposição das aulas perdidas entre os dias 21 de maio e 1º de julho. Nesta segunda-feira o secretário de Comunicação, Raimundo Mette, informou que a prefeitura seguia trabalhando para definir o calendário, que deve ser divulgado na terça-feira.

Schramm afirma que a recuperação dos dias letivos deve durar até o fim do ano e que não foi possível definir a reposição porque cada comunidade tem particularidades que precisam ser consideradas:

– O calendário está sendo feito em conjunto com o sindicato e o conselho, e quando for divulgado será a decisão final – explicou

O secretário afirma que algumas escolas já iniciaram algumas reposições, mas ainda não é possível estabelecer uma calendário global. Com relação aos descontos dos dias repostos, Schramm explica que a medida em que as aulas forem repostas, não haverá descontos, como foi anunciado no acordo que selou o fim da greve mais longa já ocorrida em Blumenau.

Além dos trabalhadores da Educação, o secretário explica que a reposição é possível para todas as outras categorias:

– A Saúde tem consultas atrasadas e se isso for reposto, também não há desconto. Isso é possível para todos eles (trabalhadores que aderiram à greve), e quem não quiser (repor as horas) será descontado.

A presidente do Sintraseb, Sueli Adriano, afirmou que não concordou com as opções oferecidas pela Secretaria de Educação, já que a maioria contemplava a reposição no sábado. De acordo com ela, o sindicato defende que uma hora seja reposta diariamente. Assim, no final de oito dias, seria um dia a mais de aula.

– As crianças não vão no sábado. Se aumentassem a carga horária com uma compensação, seria uma reposição com mais qualidade – avaliou a sindicalista.

Entenda o caso

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Definição adiada semana a semana

No dia que foi decretado o fim da greve, a secretária de Educação Helenice Luchetta declarou que a intenção era que o calendário de reposição das aulas fosse finalizado até a semana seguinte, para que fosse iniciada a recuperação dos 25 dias de aula perdidos. Quarta-feira a secretaria de Educação anunciou que o calendário de reposição seria anunciado na segunda-feira. Na ocasião, Helenice declarou que as reposições somente poderiam ocorrer durante o período de férias, finais de semana ou feriados, e que estender a carga horária diária não seria uma opção pois não atende as exigências da legislação. Nesta segunda foi anunciada uma reunião que seria para a definição do calendário, mas até o final do dia não havia decisão.