Os preparativos que antecedem a ida à praia são redobrados para quem vai ter o animal de estimação como companheiro de viagem. Cães e gatos precisam de cuidados específicos antes de pegar a estrada.
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Ainda na cidade, recomenda-se checar se o bichinho está com a vacinação em dia e realizar uma tosa para que ele não sofra com a alta temperatura. Na hora de desembarcar no litoral, além da saúde do animal, o cuidado é com a convivência pacífica entre todos os frequentadores da praia.
– Há lugares públicos que aceitam animais, os pet friendly, mas mesmo assim é preciso conhecer as regras e os limites estabelecidos – aconselha a veterinária Karin Piva Franzen.
Entre outros cuidados, é importante prestar atenção se os bichos, especialmente os gatos, reduziram a ingestão de alimentos.
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– Em alguns casos, torna-se necessária uma adaptação dos pets (principalmente felinos) ao novo ambiente – explica o veterinário Lucas Dehnhardt.
Confira algumas dicas de saúde e de convivência para os animaizinhos na praia.
Os 5 mandamentos
1 – Mantenha o animal sempre com a guia Evita que o bicho fuja, ataque animais e pessoas ou circule em ambientes não apropriados, como a faixa de areia. Deixe o seu cãozinho solto apenas em locais privados e nos quais ele não ofereça perigo aos veranistas.
2 – Não leve o animal para a beira da praia O que deveria ser um passeio inocente pode ser nocivo para o cão e para as pessoas devido a brigas com outros animais e transmissão de feridas e de doenças.
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3 – Evite passeios longos em dias de calor extremo Programe os passeios com seu cão para até as 10h ou depois das 16h. O sol intenso pode causar desidratação, hipertermias e queimaduras de pele ou das almofadinhas plantares.
4 – Fracione a alimentação Dar um pouco de ração várias vezes ao dia é fundamental para que o animal se sinta leve e bem disposto. Evite excessos como pedaços de churrasco ou restos de almoço ou janta. Aguarde de 15 a 20 minutos antes ou depois da alimentação para levá-los a passeios ou agitá-los com brincadeiras.
5 – Utilize protetores solares específicos A longa exposição ao sol provoca queimaduras também em animais, principalmente os de pele clara. Em alguns casos mais severos os pacientes podem desenvolver tumores de pele devido à excessiva exposição aos raios ultravioletas.
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O dilema felino
Se o seu bicho de estimação é um felino, considere a probabilidade de ele não ficar faceiro com um passeio até o litoral. Os gatos podem ter sérios problemas de adaptação a novos ambientes.

Foto: Adriana Franciosi
Não é possível mensurar quantos dias eles precisam para se sentir em casa depois de uma viagem, mas sabe-se que o estresse de deixar o território ao qual estão acostumados pode fazê-los parar de comer e baixar o sistema imunológico.
– Quem puder deve evitar levar o gato para a praia. Ele é muito territorialista, e quanto mais tempo ficar no ambiente dele, melhor – aconselha o veterinário Lucas Dehnhardt.
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Caso não seja possível deixá-lo em casa, Dehnhardt indica o feliway, que pode ser usado como spray ou ligado na tomada. À base de um hormônio retirado do bigode do gato, o produto ajuda o bicho a se adaptar a novos ambientes.
Animais à beira-mar: o que diz a lei
Litoral Norte: segundo a lei, cães não podem frequentar a areia e o mar nas praias de Capão da Canoa, Torres e Tramandaí.
Litoral Sul: a prefeitura de Rio Grande não tem legislação sobre o assunto.
Santa Catarina: em Florianópolis, é proibido por lei.
Companheiros de todas as horas
Basta olhar para os lados: onde a servidora pública Márcia Ferreira está, a cachorrinha Tutty estará por perto.
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– Se ela não puder ir, eu não vou – sentencia Márcia.
Aos oitos anos, Tutty tem um histórico de viagens à praia e ao campo. Antes de colocar a cachorrinha no carro, Márcia checa as vacinas, desvermina e tosa a sua “yorke filha de pinscher”.

Foto: Ricardo Duarte
Ainda que o animalzinho adore o ambiente praiano, segundo Márcia, os locais frequentados pelos veranistas são de acesso proibido:
– Só levo onde não há banhistas.
Para a bacharel em Direito Renata Disiuta, 27 anos, e o servidor público Eduardo Zubaran, 34, férias também significam ficar mais tempo ao lado da cadelinha Meg. A poodle branca de seis anos sempre acompanha o casal de Canoas no veraneio.
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Quando estão na cidade, os passeios com Meg são mais curtos. Em Capão da Canoa, a cachorrinha praticamente só fica dentro de casa quando Renata e Eduardo saem para aproveitar o mar.
– Não levamos para a beira da praia, mas no resto do tempo a gente compensa ficando com ela na rua – diz Renata.