Desde junho deste ano, os usuários do Terminal Rodoviário Harold Nielson de Joinville enfrentam problemas com os banheiros do local. Na manhã desta sexta-feira, um passageiro cadeirante, vindo de São Francisco do Sul com destino à Florianópolis, teve de usar o banheiro de um estabelecimento comercial pois não há banheiros adequados na rodoviária.

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Marcelo Henrique Bernstorff, 25, estava indo para uma competição de tênis de mesa em Florianópolis. O paratleta parou em Joinville por volta do meio-dia e embarcaria para seu destino cerca de uma hora depois.

Durante esse período, para ir ao banheiro ele contou com a ajuda de um Policial Militar, que cumpria plantão na rodoviária, para poder levá-lo até um supermercado.

– É uma situação chata, ter que depender dos outros, sendo que esse espaço deveria ter um banheiro adequado – aponta Marcelo.

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O cabo Eduardo Luis de Lima foi quem levou Marcelo até o supermercado em seu carro particular.

– A gente se coloca na situação do outro. É importante ajudar – reflete Eduardo.

Essa não foi a primeira vez que Marcelo teve problemas na rodoviária de Joinville. Segundo ele, no ano passado, entre os meses de junho e julho, ele passou por situação semelhante e teve de ir ao banheiro apenas quando chegou em seu destino de viagem.

Em 30 de junho deste ano, os quatro banheiros da rodoviária foram interditados. A tubulução tinha dois problemas sérios: o entupimento dos canos por raízes de árvores e infiltrações do banheiro do andar superior.

A antiga administração da rodoviária chegou a contratar uma empresa para oferecer banheiros móveis aos usuários. O contrato durou cerca de um mês. Nesse período os banheiros de cima foram liberados, mas os do andar debaixo – nos quais há banheiros adaptados para cadeirantes – permanecem interditados.

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Desde o início deste mês, a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) é a atual responsável pela administração do espaço. Segundo Glaucus Folster, gerente de transportes e vias públicas, a Seinfra já começou um projeto de reforma em todo o prédio da rodoviária, mas não há prazo de conclusão.

– O intuito não é reformar apenas o banheiro, mas toda a estrutura do prédio – afirma Glaucus.

De acordo com o gerente, até o projeto ser terminado e a reforma ser realizada, o órgão trabalha com a possibilidade disponibilizar um banheiro químico para cadeirantes.

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– A gente deve providenciar a compra do banheiro químico até que a reforma do prédio seja realizada – diz.