As buscas pelo segundo suspeito de envolvimento no assassinato de Márcio Henrique da Silva Júnior, o Bolinha, foram encerradas no início da noite desta terça-feira depois de um dia de mobilização de equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e Choque, além do helicóptero Pelicano da Polícia Civil. Ainda durante à manhã, Ismael dos Santos Ribeiro, 24 anos, foi preso em flagrante no mangue da Beira-Mar Norte e levado à delegacia para prestar depoimento. Agora, a Polícia Civil seguirá com a investigação do caso enquanto a Polícia Militar auxiliará com ações de inteligência.

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De acordo com o delegado titular da Delegacia de Homicídios da Capital, Ênio de Mattos, o suspeito já preso pelo assassinato de Márcio tem passagem pela polícia por receptação de drogas. Nem a Polícia Militar nem a Civil confirmam a identidade do segundo suspeito, mas familiares, que preferiram não se identificar, disseram que ambos são irmãos.

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A motivação do crime, que aconteceu em frente ao supermercado Angeloni por volta das 8h da manhã desta terça-feira, seria uma disputa pelo domínio do tráfico de drogas na Caeira. O comandante do 4º Batalhão da PM, Fernando André da Silva, diz que a suspeita é que a execução tenha sido uma vingança a outro assassinato que aconteceu no sábado, no bairro Saco dos Limões, em Florianópolis, de um homem conhecido como Baiano.

Após o homicídio na avenida mais movimentada de Florianópolis, não só gerou preocupação com possíveis balas perdidas (já que a área onde houve troca de tiros é movimentada), como gerou congestionamento na região Norte de Santa Catarina. A fila de carros ia da Beira-Mar Norte até a entrada de Cacupé. O trânsito só voltou a normalidade no final da manhã. A demora em liberar toda a pista para tráfego foi atribuída ao Instituto Geral de Perícias (IGP) que teria levado duas horas para chegar no local.

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O gerente do Instituto Médico Legal (IML), Marcos Aurélio Lima, afirma que o setor só foi acionado pela Polícia Militar às 9h10min e foi diretamente para o local em conjunto com o IGP. Ainda segundo Lima, os procedimentos no local demoraram cerca de 15 minutos e por volta das 9h45min, o corpo já estava sendo encaminhado para a sede do Instituto no bairro Itacorubi. Ele chama a acusação de que o Instituto tenha demorado para chegar ao local como “inverídica” e explica que eles precisam ser acionados pela polícia para se dirigir ao local do crime.

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– Ficamos presos nos procedimentos. O primeiro a chegar ao local foi o Samu por volta das 8h30min. Eles ligaram então para a Polícia Militar, que só nos acionou às 9h10min – explica.