A BRF diz que a decisão da Comissão Europeia de suspender a importação de carne de frango de unidades da companhia no Brasil não foi baseada em questões sanitárias, “mas pautada em motivações políticas e de proteção de seu mercado local”.
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— Tal decisão não foi precedida por uma investigação dos fatos por parte das autoridades europeias, e a BRF não teve a chance de ser ouvida — disse em comunicado distribuído nesta noite de quinta-feira, 19.
Alegando não ter sido oficialmente informada sobre a decisão, a BRF diz que não tem como afirmar quais unidades foram afetadas pela suspensão.
A companhia afirma que iniciará a revisão de seu planejamento de produção, que já considera o regime de férias coletivas em quatro de suas unidades: Capinzal (SC), Rio Verde (GO), Carambeí (PR) e Toledo (PR).
— Ainda é prematuro prever o impacto dessa revisão, dada a complexidade da cadeia produtiva na qual a BRF está inserida — diz a empresa.
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A decisão, acrescenta a BRF na nota, evidencia uma barreira comercial, que não impacta apenas a BRF, mas a balança comercial brasileira. Diz que vai procurar seus direitos perante os órgãos responsáveis europeus e que dará suporte às ações do governo brasileiro na Organização Mundial do Comércio (OMC).
— A BRF, ao longo dos seus mais de 80 anos, vem sempre aprimorando suas práticas de qualidade, segurança alimentar, controles e gestão de seus processos. Temos orgulho de nossa história e acreditamos que esta é uma jornada contínua na qual sempre haverá espaço para melhorias e evolução — afirma no comunicado.
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