Brasil e Alemanha pretendem apresentar nesta sexta-feira, à Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Nova York, projeto de resolução condenando veementemente a espionagem, que passaria a ser classificada como uma violação de um direito fundamental, que é a privacidade. A expectativa é que o texto seja votado pela assembleia geral da ONU até o próximo mês de janeiro.

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Com essa atitude, os dois países põem em xeque os órgãos de inteligência dos Estados Unidos. Diversos parceiros internacionais já manifestaram desejo de se associar a essa empreitada.

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Será feito um apelo à alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, para que seja elaborado um duro relatório a respeito do tema.

O Brasil foi o primeiro a levantar a bandeira dos direitos humanos, ao protestar contra a espionagem americana a cidadãos e empresas brasileiros, incluindo a presidente Dilma Rousseff e a Petrobras. Alemães e outros europeus também descobriram que estavam sendo vigiados, mas só elevaram o tom após a revelação de que a própria chanceler Angela Merkel fora espionada pelos EUA.

Nos bastidores, o que se diz é que, antes de estourar o caso da chanceler, a Alemanha havia contatado autoridades brasileiras, para que fosse feito um protocolo adicional. Agora, a situação é diferente. O Brasil acabou ganhando um poderoso aliado.

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