Desde a conquista de Gustavo Kuerten em Roland Garros, Santa Catarina virou um Estado do tênis. O sucesso do catarinense fez multiplicar amantes do esporte da bolinha pequena por todos os lados. Em Florianópolis, o esporte virou uma febre, comprovada com a disputa da Copa Davis em 1997 no Costão do Santinho, que teve casa lotada e vitória sobre a Nova Zelândia. Depois disso, SC recebeu ainda mais cinco confrontos da Davis. Por isso, podemos dizer que a partir de hoje, às 10h, o tênis brasileiro está de volta para casa.

Continua depois da publicidade

Com a força do saibro e de Guga, Brasil sai na vantagem

Invicto desde 2012, Melo prevê confronto equilibrado na Davis

Para continuar no Grupo Mundial, o Brasil terá que derrotar a Croácia, mais uma vez no Costão do Santinho. Pela primeira vez Thomaz Bellucci, João Feijão Souza, Marcelo Melo e Bruno Soares jogarão a Davis em Florianópolis, com Guga na torcida e arquibancadas lotadas.

Continua depois da publicidade

– Para o Estado é espetacular receber a Davis. Junto com o WTA (Brasil Tennis Cup), é uma retomada do tênis para Santa Catarina, que nos últimos tempos ficou tão esquecido. Além disso, tem o lado técnico, pois enfrentar a Croácia no saibro é diferente. Todo croata nasce aprendendo a sacar, e no saibro o jogo fica mais cadenciado – analisou Guga.

Boas chances e confiança

Sem Marin Cilic, vencedor do US Open 2014, a Croácia ficou mais frágil, aumentarando as chances brasileiras.

– Eu sempre tive muita confiança neste confronto e óbvio que o Cilic era a diferença deles. Mas jogando em casa a nossa chance era maior. A dupla sempre é muito importante. Agora, sem o Cilic, a gente é bem mais favorito. É obvio que não dá para contar com a vitória, em Davis nunca dá. Mas acredito no Brasil – analisa Fernando Meligeni, que defendeu o Brasil por muitos anos na Davis.

Continua depois da publicidade

Lesionado, Cilic desfalca a Croácia contra o Brasil

Veja outras matérias de tênis

Quem também está confiante é André Sá. Aos 38 anos, ele continua jogando em alto nível nas duplas e hoje, morando em Blumenau, recorda com carinho da Copa Davis de 1997, sua primeira na carreira.

– Me lembro certinho de tudo. Foi a primeira vez que joguei e Florianópolis realmente é um lugar especial. A Copa Davis é completamente diferente de tudo por ser uma disputa de times e, jogando em casa, a torcida vai a loucura e nos ajuda muito. Isso é muito importante, faz toda a diferença – recorda Sá.

Relembre todas as Copas Davis já realizadas em SC:

1997 – Depois de Gustavo Kuerten vencer Roland Garros de forma inesperada a Copa Davis acabou desembarcando em Florianópolis. Na recém-inaugurado estádio do Costão do Santinho, a equipe brasileira venceu a Nova Zelândia por 5 a 0. Momento histórico para o tênis em Santa Catarina.

Continua depois da publicidade

Gustavo Kuerten x Alistar Hunt, 7/5, 6/3 e 6/2

Fernando Meligeni x Brett Steven, 6/3, 7/5 e 6/4

Kuerten/Jaime Oncins x Steven/Hunt, 6/0, 6/2 e 6/0

Kuerten x Steven, 6/1 e 6/0

André Sá x Hunt, 6/2 e 6/2

1998 – Mais uma vez disputado no Costão do Santinho, o Brasil venceu a Romênia sem dificuldades. No sábado os brasileiros já tinham garantido a vitória.

Fernando Meligeni x Adrian Voinea, 6/1, 6/4 e 7/6

Gustavo Kuerten x Andrei Pavel, 7/5, 6/3 e 6/3

Kuerten/Jaime Oncins x Pavel/ Gabriel Trifu,7/5, 6/4 r 6/4

2000 – Em uma quadra abarrotada de gente na Universidade Federal de Santa Catarina, o Brasil venceu a França na primeira rodada do Grupo Mundial. O triunfo foi por 4 a 1.

Fernando Meligeni x Cédric Pioline, 7/5, 5/7, 4/6, 6/1 e 6/4

Gustavo Kuerten x Jérome Golmard, 6/3, 3/6, 6/3 e 6/2

Kuerten/Jaime Oncins x Pioline/Nicolas Escudé, 6/4, 6/4 e 6/4

Escudé x Kuerten, 6/2 e 7/6

Francisco Costa x Arnaud Clement, 7/6, 5/7 e 6/2

2001 – Foi nesse ano que o Brasil foi derrotado pelo primeira vez em Santa Catarina. Pelas quartas de finais do Grupo Mundial, os brasileiros foram derrotados por 3 a 1 nas quadras da Federação Catarinense de Tênis. O campeão do US Open fez toda a diferença para os australianos que naquele ano chegaram na final da Davis, e acabaram perdendo para a França.

Continua depois da publicidade

Gustavo Kuerten x Patrick Rafter, 4/6, 6/4, 7/6, 2/1 e desistência

Lleyton Hewitt x Fernando Meligeni, 6/3, 6/3 e 6/3

Hewitt/Rafter x Kuerten/Jaime Oncins, 7/6, 7/6 e 7/6

Hewitt x Kuerten, 7/6, 6/3 e 7/6

Richard Fromberg x Alexandre Simoni, 6/2, 4/4 e desistência

Ricardo Mello x David Josepa, 6/0, 6/0 e 6/0

Gustavo Kuerten x Alexander Blom, 6/1, 6/3 e 6/2

André Sá/ Flávio Saretta x Raoul Behr/Blom, 6/1, 6/1 e 6/4

Mello x Blom, 6/3, 4/1 e desistência

Kuerten x Behr, 6/0 e 6/2

2007 – Essa foi a última vez que Gustavo Kuerten jogou a Davis no Brasil. Guga ainda enfrentou a Áustria, mas fora de casa. O catarinense já estava perto da aposentadoria, que seria no próximo ano em Roland Garros. A despedida de casa foi em alto estilo com vitória por 3 a 1 sobre o Canadá e uma chance de voltar ao Grupo Mundial, que acabou não se concretizando pois o Brasil perdeu para a Áustria.

Ricardo Mello x Frank Dancevic, 3/6 6/7 6/3 6/3 e 11/9

Flávio Saretta x Frederic Niemeyer, 6/4 6/7(6) 6/2 e 6/1

Daniel Nestor/ Niemeyer x Gustavo Kuerten e André Sá, 4/6, 6/3, 6/4 e 7/6(4)

Saretta x Peter Polansky, 1/6, 6/2, 7/5 e 6/1

Clique aqui