Os permissionários dos boxes do Mercado Público suspeitos de fraudar a quitação das mensalidades em atraso terão até as 16h desta quarta-feira para provar que pagaram as dívidas. Caso os comerciantes não apresentem o comprovante de débito na Procuradoria do município, a prefeitura promete fechar os estabelecimentos.

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Às 16h de terça-feira, o gerente administrativo do Mercado, José Roberto Leal, o Zezinho, encaminhou a notificação administrativa a quatro boxes. Ninguém se recusou a assinar o documento que dava o prazo de 24 horas para comprovar o pagamento. Na própria notificação consta que a pena será o lacramento dos boxes.

Na coletiva à imprensa de quinta-feira, o procurador do município Jaime de Souza afirmou que a prefeitura iria trabalhar para finalizar a sindicância, que apura a suspeita de fraude, na metade desta semana.

A prefeitura já confirmou que o cancelamento indevido das dívidas de três estabelecimentos foram realizadas de dentro Pró-Cidadão, setor que teve uma servidora afastada do cargo gratificado de supervisora por ser suspeita de, pelo menos, ter facilitado o esquema.

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O quarto box

Um quarto box não teria participado da possível fraude, mas, como não há registro do quite da dívida, está sendo investigado. Segundo o procurador, dentro dos 42 permissionários notificados para pagar a dívida até junho, naquele período, alguns afirmaram já terem negociado.

Esse quarto box seria um deles e foi encaminhado para análise da Secretaria da Receita, mas acabou não retornado à Procuradoria e, por isso, não foi lacrado com os outros cinco mau pagadores. O secretário da Receita Sandro Fernandes, disse que, o processo desse quarto teria ficado retido na Diretoria de Dívida Ativa por mais tempo que os outros.

O procurador Jaime de Souza não quis informar o nome dos permissionários dos boxes que estariam envolvidos, apenas afirmou que um deles tem uma dívida superior a R$ 80 mil. Nessa terça-feira, via assessoria de imprensa, Souza disse que a sindicância está avançada e será finalizada até o fim da semana.

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A investigação começou há duas semanas, mas só foi divulgada na última quinta-feira, em primeira mão, pelo Diário Catarinense.