Peritos do Corpo de Bombeiros sobrevoam às 14h desta quarta-feira as regiões atingidas pelo incêndio no Sul de Florianópolis para identificar as possíveis causas das ocorrências. Áreas equivalentes a 40 campos de futebol entre a Joaquina e o Campeche e a 31 campos no Pântano do Sul foram devastadas pelo fogo. Com o helicóptero Arcanjo 01, os peritos devem localizar a chamada “zona de origem”, local em que as chamas começaram.
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De acordo com o coronel Vanderlino, um dos peritos que trabalha no caso, esse é o primeiro passo. A “zona de origem” é localizada observando os padrões de queima da vegetação, por meio da direção do início do fogo e da propagação. Depois de identificada, os perito fazem o trabalho em terra.
– Descemos e vamos tentar localizar a fonte de calor. Em uma área grande como essa atingida, a identificação do helicóptero nos ajudar a diminuir 40 hectares em dois hectares para a investigação – comenta.
A intenção dos peritos é identificar as causa ainda nesta quarta-feira, mas, dependendo da complexidade, o trabalho de perícia pode levar de dois dias a uma semana. Isso acontece porque os padrões de queima são muito parecidos e, por isso, é necessário uma avaliação criteriosa.
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O coronel não descarta a probabilidade do fogo ter começado espontaneamente, já que o clima quente e o ar com pouca umidade facilita esse tipo de ocorrência. No entanto, o major Losso, do Arcanjo, e o tenente coronel Carlos, comandante do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, que trabalharam diretamente na contenção dos incêndios, acreditam que há grandes chances de ter iniciado por causas humanas.
Confira os estragos causados pelo incêndio:
Fogo no Sul da Ilha
A ação de contenção do fogo entre a Joaquina e o Campeche iniciou às 11h depois de ligações dos moradores. Minutos depois, os Bombeiros receberam a informação de um incêndio no Pântano do Sul. Os focos na Joaquina e no Campeche foram controlados na tarde de terça-feira. No Pântano o fogo apagou naturalmente durante a madrugada de quarta. O tenente coronel Carlos explica que 25 homens trabalharam nos dois lugares com batedores, já que não era possível chegar ao local com caminhões. Segundo ele, o trabalho é braçal e cansativo, principalmente por causa do calor. O Arcanjo 01 atuou lançando água constantemente.