Ian Robertson, inglês, vice-presidente mundial da BMW. Dilma Rousseff, mineira, presidente da República. Raimundo Colombo, catarinense, governador do Estado. Estes vão ser os protagonistas do encontro marcado para as 15 horas desta segunda, no Palácio do Planalto. É o anúncio de um dos maiores investimentos privados da história na região Norte de Santa Catarina.

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A relevância é tamanha que estão previstos outros dois anúncios: na terça ocorre a apresentação ao mercado, no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo; e na quarta, às 14 horas, para o Estado, no teatro do CIC, em Florianópolis.

Vão ser investidos cerca de R$ 1 bilhão na construção de um complexo automotivo que, em dois anos, deverá produzir três modelos: Série 1 hatch, Série 3 sedan e X1 Crossover. A expectativa é de que sejam contratadas aproximadamente 1,5 mil pessoas para a unidade de Araquari. Em um segundo momento, há a possibilidade de criação de mais mil oportunidades de trabalho.

É o grande momento de um namoro que começou há um ano e meio, quando a tradicional montadora alemã – conhecida por produzir carros sofisticados tecnologicamente e de design avançado – anunciou a intenção de ter sua primeira fábrica no Brasil.

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Foram idas e vindas até a decisão. O projeto chegou a ficar ameaçado com a decisão federal de aumentar a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 30 pontos percentuais.

Mas a forte articulação do governo catarinense com Brasília e o desenvolvimento de um programa nacional de inovação para a indústria automobilística selou o novo destino da BMW no mundo: Araquari, uma cidade de quase 26 mil habitantes, que vem experimentando um crescimento médio anual de 6,8% desde 2000, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período, o produto interno bruto (PIB) estadual se expandiu a um ritmo de 4,7% ao ano.

O impacto não vai ficar restrito à vinda da montadora alemã. Novas empresas devem se instalar na região, trazendo mais investimentos e empregos. A economia vai girar mais rapidamente. E a região Norte do Estado consolida-se como um importante polo automotivo brasileiro.

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São fábricas de componentes automotivos de pequeno, médio e grande porte espalhadas principalmente por Joinville, Jaraguá do Sul e São Bento do Sul que ganharam ainda mais relevância com a instalação e início das operações da fábrica de motores e cabeçotes da General Motors, às margens da BR-101, em Joinville.