Há razões de sobra para as empresas cravarem que este ano será tão desafiador para os negócios como foi 2015. Para a Karsten, que produz e comercializa produtos de cama, mesa e banho, não deve ser diferente.

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A tradicional indústria têxtil de Blumenau viu sua receita operacional líquida passar de R$ 332,8 milhões, em 2014, para R$ 262,7 milhões no último ano, uma queda de cerca de 20%. Não significa, necessariamente, que 2015 foi um ano de todo ruim. O custo dos produtos vendidos diminuiu e o prejuízo do exercício, que havia sido de R$ 108 milhões há dois anos, foi menor, de R$ 49,5 milhões. Os números constam no balanço das atividades da companhia, publicado na edição do Santa desta terça-feira.

Em recente entrevista ao colunista Pancho, o presidente da Karsten, Armando Hess de Souza, revelou que os primeiros 18 meses da nova administração da empresa, que assumiu em setembro de 2014, foram mais difíceis do que se esperava. O grande desafio é pagar as dívidas contraídas com bancos na última década, uma tarefa de “longuíssimo prazo”, segundo o executivo.

Nesse meio tempo, a companhia trabalha para diminuir o endividamento e recuperar a lucratividade. Além de novos equipamentos para modernizar e aumentar a produtividade, a Karsten está retomando as negociações junto aos credores de debêntures. Comercialmente, uma das estratégias é aumentar a participação de produtos mais rentáveis no faturamento, como a Linha Decoração, que tem apresentado desempenho melhor do que o projetado. A implantação de um televendas, em 2015, deve também começar a dar resultados neste ano.

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A Karsten tem planos, ainda, de ampliar a atuação no varejo. Lojas foram abertas em São José, Balneário Camboriú e Curitiba em 2015. Como parte do processo de expansão, serão inauguradas neste ano unidades em Porto Alegre, São Paulo e Campinas.