Depois de um lindo Carnaval homenageando as rendeiras de Florianópolis, o Baiacu de Alguém, tradicional bloco de Santo Antônio de Lisboa, tem um novo desafio: contar a sua própria trajetória. A associação cultural do bloco deu início nesta sexta-feira às comemorações dos 25 anos do Baiacu e pretende reunir todos os contos e cantos num livro, num DVD e num show especial que vai celebrar o samba. Para isso, eles precisam de ajuda.
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Nesta sexta à noite, o primeiro evento das bodas de prata trouxe de volta à Santo Antônio de Lisboa a festa do Cachorro Louco. Nas últimas edições, contou a presidente do bloco, Daniela Ribeiro Schneider, a farra ocorreu na Armação do Pântano do Sul. A noitada contou com o som das meninas do Grupo Rosas de Samba.
A música também dará o tom às demais comemorações. O Baiacu deve unir a festança de 25 anos às comemorações dos 100 anos do samba no Brasil. O próximo evento está marcado para outubro, possivelmente no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC). O show especial ¿Um pedacinho de terra perdido no samba¿ pretende reunir as principais vozes do estilo da Grande Florianópolis.
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— Nós queremos homenagear também os 100 anos do samba no Brasil. Então vamos falar do samba manezinho. Artistas atuais cantando grandes compositores como Zininho e Luiz Henrique Rosa, e outros não tão conhecidos, mas igualmente importantes — explicou Daniela.
Entre os nomes, devem estar os sambistas Raquel Barreto, Julio Black, Juju Moura, Jeisson Dias, entre outros.
Campanha online
O grande objetivo deste aniversário é ver a trajetória do bloco em vídeo e nas páginas de um livro. Para concretizar o sonho, o grupo iniciou uma campanha online para arrecadar dinheiro, o crowdfunding.
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O interessado pode doar entre R$ 20 e R$ 350. As doações ocorrem somente até o dia 15, segunda-feira. No total, o bloco espera arrecadar R$ 180 mil para a realização do espetáculo musical em outubro, para o vídeo, livro e um novo site. Por enquanto, foi arrecadado só 1% deste total. Ajuda lá! É só clicar aqui para ajudar.
História
O Baiacu de Alguém nasceu no Carnaval de 1992, no desfile de blocos do Centro de Floripa, com alunos e psicólogos da UFSC. Na época, eram somente 40 integrantes. A partir de 1999, o bloco resolveu aderir o carnaval do bairro Santo Antônio de Lisboa. Agora, são aproximadamente 1 mil integrantes que vestem a camisa deste que se tornou um dos blocos mais queridos dos manezinhos e dos turistas.
O Baiacu também virou Ponto de Cultura oficializado pelo Ministério da Cultura.
Nas marchinhas, o bloco sempre enfatizou a tradição local e costuma dar aquela cutucada em problemas sociais, como o trânsito ruim de Floripa e a especulação imobiliária, que estava destruindo áreas verdes da Ilha.
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Neste ano, Santo Antônio de Lisboa recebeu em torno de 45 mil pessoas no Carnaval puxado pelo bloco Baiacu. Entre as atrações, está o boiacu, o boi-de-mamão com cara de peixe. Coisas que a gente só vê por aqui!
