Cerca de 35 agentes da Guarda Municipal e da Polícia Militar realizaram uma blitz da Lei Seca no bairro do Jurerê Internacional, no Norte da Ilha, em Florianópolis, na madrugada deste domingo. A operação começou por volta de 22h30min, na Avenida dos Salmões, junto à esquina com a Avenida dos Dourados, e se estendeu até por volta de quatro horas da manhã.

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Dados repassados pela Guarda Municipal dão conta que foram 100 abordagens, 40 motoristas autuados, oito veículos removidos, 62 testes de alcoolemia realizados. Desses, três deram positivos. Houve 23 recusas ao teste do etilômetro, sendo um motorista encaminhado à DP por crime de trânsito. Um número chamou atenção: 26 CNHs recolhidas. Já a PM notificou 12 motoristas, recolheu um veículo, registrou um Boletim de Ocorrência e aprendeu duas CNHs.

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De acordo com o subcomandante Alex Silveira, da Guarda Municipal, esta é a quinta blitz organizada pela corporação desde o começo do verão. A escolha do bairro se deu por conta da grande concentração de bares na região, além da realização de dois shows no bairro durante a noite.

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— Precisamos fazer valer a lei. Muitas pessoas bebem e acabam causando acidentes nas estradas. A fiscalização é uma forma de tentar acabar com isso — afirma Silveira.

Esta foi a quinta operação da Lei Seca organizada pela Guarda Municipal desde o começo do verão
Esta foi a quinta operação da Lei Seca organizada pela Guarda Municipal desde o começo do verão (Foto: Felipe Carneiro / Agencia RBS)

Poucos minutos após o começo da blitz, várias carros já se encontravam parados ao lado dos cones a pedido dos agentes. Alguns motoristas admitiam ter bebido e tentavam negociar com os agentes, que se mostravam inflexíveis no cumprimento das ordens.

Um dos motoristas parados foi um engenheiro civil argentino de 54 anos. Ele assoprou o bafômetro e seu teste apontou 0,13 miligramas de álcool por litro de ar. À reportagem do Diário Catarinense, ele admitiu ter bebido duas taças de vinho.

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— Estou aqui há oito dias e é o primeiro dia que bebo. Tive azar. Mas eu acho certo isso que estão fazendo (de fiscalizar), apesar de que aqui vejo mais acidentes causados por bebida que na Argentina — afirmou o argentino, cuja mulher teve de conduzir o veículo ao sair.

Argentino assopra o bafômetro: seu teste deu 0,13 mg/l
Argentino assopra o bafômetro: seu teste deu 0,13 mg/l (Foto: Felipe Carneiro / Agencia RBS)

Regras

Ao serem parados, era dada aos motoristas a opção de assoprar o bafômetro. Aqueles que se recusavam tinham a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recolhida, eram multados em R$ 1.915,00 e precisavam apresentar um condutor habilitado para retirar o veículo. Quem não apresentasse tinha o veículo retido.

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Os motoristas que assoprassem o bafômetro e testassem positivo para álcool eram enquadrados em duas categorias. Quem testasse abaixo de 0,33 mg/l era penalizado com as mesmas punições administrativas de quem se recusa a fazer o teste. Quem assoprasse e apontasse acima de 0,34 mg/l no teste também era preso e encaminhado para a delegacia. Lá, o conduto será mantido preso e poderá ser solto mediante o pagamento de uma fiança estabelecida pelo delegado plantonista.

Dor de cabeça: alguns veículos foram guinchados durante a operação
Dor de cabeça: alguns veículos foram guinchados durante a operação (Foto: Felipe Carneiro / Agencia RBS)