Após um início de altos e baixos, Bergson desencantou justamente no dia do seu aniversário. Ao completar 23 anos no domingo, ele abriu o placar na vitória da Chapecoense por 2 a 0 sobre o Metropolitano.
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O pai Efraim Mendonça, 44 anos, que viajou de Porto Alegre para Chapecó para comemorar o aniversário do filho, assistiu ao gol das cadeiras da Arena Condá. Na comemoração, Bergson bateu palmas e correu em direção às sociais, apontando para o pai e batendo no peito.
– Foi muito bom – disse Mendonça, orgulhoso do filho.
Ele afirmou sempre ver os jogos de Bergson, inclusive quando ele foi para a Coreia do Sul, em 2011, no Suwon Samsung Bluewings.
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Como parte da comemoração, o pai de Bergson raspou a cabeça do filho. Antes e depois do treino, o jogador do time do Oeste aproveitou o tempo livre para ouvir música em casa, conversar com o pai e tomar chimarrão, tradição de sua terra natal, Alegrete (RS).
Estreia no Maracanã contra o Flamengo
Bergson começou na base do Internacional aos 13, e três anos depois foi para o Grêmio, onde foi campeão Brasileiro Sub-20 em 2009. Um mês depois estreou pelo profissional no Maracanã, quando o Grêmio perdeu por 2 a 1 e o Flamengo sagrou-se campeão brasileiro.
– Foi o jogo mais marcante da minha carreira, pois estreei diante de 100 mil pessoas – lembrou.
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Porém, o atacante não se firmou no time principal. Com isso, foi emprestado para o exterior e passou por clubes como Vila Nova (GO), Ypiranga (RS), Juventude (RS) e Portuguesa (SP). No começo do ano, foi emprestado para a Chapecoense.
Ele chegou ao time depois da apresentação e, por isso, não estava em boas condições físicas para iniciar o campeonato. Por isso, começou na reserva contra o Juventus e virou titular a partir do jogo contra o Marcílio Dias.
O gol foi um alívio para Bergson, que estava incomodado com o jejum. Ontem, ele falou ao DC sobre o novo momento.
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DC – Você veio de um dos maiores clubes do país, como está sua adaptação na Chapecoense?
Bergson – Estou me adaptando bem. Mais importante é estar em um clube que está em ascensão. Quando fui para o time principal do Grêmio, não estava pronto. Agora estou mais maduro. A Chapecoense está me ajudando e eu vou ajudar o clube.
DC – O gol marcado e a vitória aliviam a pressão?
Bergson – A gente fica mais relaxado. Eu já estava me cobrando, pois era meu quarto jogo como titular e não tinha marcado ainda. Quando a torcida vaia procuro não ligar e usar como estímulo. No jogo estava difícil, a defesa deles estava fechada. Dez minutos depois das vaias, fiz o gol e a torcida já estava feliz e aplaudindo.
DC – Foi importante ainda mais para o ataque, que não vinha bem.
Bergson – Todos os adversários vieram fechados contra nós. Aí tínhamos que arriscar de fora da área. O caminho era esse. O técnico Gilmar Dal Pozzo pede para a gente arriscar de longe. Ele foi muito importante para nos dar confiança.
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DC – E como foi seu dia? Teve festa de aniversário?
Bergson – Não. Acordei, fui almoçar com meu pai, depois só deu tempo de baixar umas músicas e vir para o treino. Depois fiquei em casa e aproveitei para tomar um chimarrão.
DC – O que você gosta de ouvir?
Bergson – Pagode, rap, funk, sou eclético. Gosto de ouvir música na concentração, antes do jogo. Me deixa agitado.