Novas mortes foram anunciadas depois do anúncio da ofensiva terrestre. Sete palestinos, incluindo um bebê de cinco meses, morreram na madrugada desta sexta-feira atingidos por disparos de tanques israelenses, informaram os serviços locais de emergência.
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Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Um porta-voz dos serviços de emergência, Achraf al Qudra, informou três mortes em Rafah, no sul, incluindo o bebê e um homem de 22 anos, outras duas em Beit Hanun, no norte, e mais duas em Shejaiyeh, no leste.
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Israel acusa os combatentes do movimento islamita Hamas de usarem “escudos humanos” em um território em que 1,8 milhão de pessoas vivem na miséria, submetidas ao bloqueio israelense.
A operação “Barreira Protetora” já deixou 248 mortos e 1.770 feridos. Os civis são as maiores vítimas dos ataques.
Antes do início dos ataques por terra, Washington havia pedido que Israel “redobrasse os esforços para evitar vítimas civis”.
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Leia o comunicado do governo de Israel sobre a invasão a Gaza
Reações internacionais
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, lamentou a operação terrestre, enquanto a França manifestou preocupação, ressaltando que “é essencial proteger as populações civis e evitar novas vítimas”.
O secretário americano de Estado, John Kerry, telefonou ao premier Netanyahu para “destacar a necessidade de se evitar uma nova escalada” na Faixa de Gaza e “se restaurar a trégua de 2012 o mais cedo possível”.
Kerry reforçou o compromisso de Washington “com a iniciativa egípcia” para uma trégua e destacou “a importância de que o Hamas aceite este plano assim que possível”.
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Netanyahu destacou durante o diálogo a “ameaça iminente” para os civis israelenses que representam os túneis do Hamas entre a Faixa de Gaza e Israel.
Kerry reconheceu a ameaça e o direito de Israel de se defender, mas pediu uma operação precisa, que tenha como alvo apenas os túneis”, destacou o departamento de Estado.
O Egito denunciou “a escalada” israelense e pediu que as partes em combate aceitem sua proposta de trégua.
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Antes do início do avanço de Israel por terra, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, havia acusado Israel de querer cometer um “genocídio sistemático” contra os palestinos na Faixa de Gaza.
– Os países ocidentais estão em silêncio, assim como o mundo islâmico- acrescentou Erdogan, que também criticou as Nações Unidas.
Mais de 75% das vítimas destes combates são civis, segundo as Nações Unidas.
Esta onda de violência foi desencadeada pelo sequestro seguido do assassinato de três estudantes israelenses em junho, que Israel atribui ao Hamas. Pouco depois, um adolescente palestino morreu queimado vivo por extremistas judeus em Jerusalém. Os autores do ataque foram acusados nesta quinta pela Procuradoria israelense, de acordo com o Ministério da Justiça em um comunicado.
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