O Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira, medidas para estimular a economia que devem injetar cerca de R$ 25 bilhões no mercado através do crédito. A primeira medida é a alteração de regras de depósitos compulsórios a prazo – dinheiro que os bancos são obrigados a deixar depositado no Banco Central -que devem disponibilizar mais R$ 10 bilhões para os bancos emprestarem aos seus clientes.

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O BC passou a permitir que até 60% do compulsório relativo a depósitos a prazo sejam cumpridos com operações de crédito e na compra de carteiras diversificadas para pessoas jurídicas e físicas. Também permitiu a dedução de compulsórios a partir de operações com veículos e motocicletas.

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As regras do requerimento mínimo de capital para risco de crédito, que é um tipo de reserva que os bancos devem ter caso tomem calote de quem recebeu os empréstimos, também foram alteradas. O órgão reestabeleceu o fator de ponderação de risco (FPR) em 75% para todas as operações de crédito de varejo, independentemente do prazo. Esta medida deve injetar mais R$ 15 bi na economia.

As medidas surgem no momento que o mercado espera que a economia brasileira cresça apenas 0,79% em 2014 e que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou o pior desempenho de primeiro semestre do governo Dilma Rousseff, com uma expansão de 0,13%com uma expansão de 0,13%.

– Espera-se que as medidas ampliem o acesso a crédito por pequenas empresas e fortaleçam o comercio exterior. Pretende-se assim incrementar a eficiência do sistema e salvaguardar sua resiliência – informou o BC em nota.

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Em julho, o governo já havia liberado R$ 45 bi para o mercado de crédito.

*Zero Hora com agências