O governo federal deverá ter de lidar, nesta sexta-feira, com mais um indicador negativo da economia. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) poderá apresentar o pior desempenho de primeiro semestre do governo Dilma Rousseff.

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Também deve ser o primeiro resultado vermelho na comparação com a primeira metade do ano anterior desde os impactos da crise financeira internacional de 2008. Na segunda-feira, a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto foi revisada pela 11ª vez, caindo para 0,81%.

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A série histórica do IBC Banco Central tem início em 2003, primeiro ano do governo petista. Analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções indicam taxas negativas para o índice em junho. As estimativas consolidadas dessa consulta serão apresentadas ainda na tarde desta quinta-feira.

Desde 2003, o índice só sofreu queda após a a crise mundial de 2008

Levantamento feito pela reportagem da Agência Estado com dados disponíveis pelo BC, revela que desde o início da divulgação dos dados houve crescimento constante da soma do índice nos primeiros seis meses de cada ano, com exceção de 2009.

De 2003 para 2004, passou de 601,61 para 630,11 (4,74%), avançou para 657,15 em 2005 (4,29%) e para 677,93 em 2006 (3,16%). Em 2007, a alta foi de 6,02%, ao atingir a marca de 718,75 e, em 2008, de 5,97% com índice de 2008. Apenas no primeiro semestre de 2009 houve um recuo do indicador, que fechou o período em 735,27 (3,46%). Em 2010, com a base de comparação baixa, a elevação foi expressiva (9,48%) e o índice passou pela primeira vez a casa dos 800 (804,94).

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Nos três primeiros semestres do governo Dilma, o IBC não saiu desse patamar, apesar de ter avançado em todos os períodos: subiu 4,35% em 2011 (839,98), 0,36% em 2012 (842,97) e 3,41% nos primeiros seis meses do ano passado (871,75).