As paredes externas do bar Armazém Vieira, na Capital, serão novamente pintadas a partir do dia 2 de dezembro. A nova camada de tinta, na cor vermelha, irá cobrir o grafite que atualmente se estende pela fachada do estabelecimento no Bairro Saco dos Limões.
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Assim como a ideia de grafitar, a decisão de cobrir os desenhos já no dia 2 foi tomada pelo sócio-proprietário Wolfgang Schrader, em atenção ao que havia sido combinado anteriormente tanto com os artistas quanto com as autoridades locais – em função do tombamento parcial, o prédio não poderia receber pintura com “cores berrantes”.
No último dia 12 a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano enviou um comunicado em que solicita a cobertura do grafite no prazo máximo de 30 dias, mas Schrader prefere se antecipar.
– Em atenção ao que foi combinado antes, vamos pintar já a partir do dia 2. A repercussão do grafite foi muito maior do que eu imaginava e parece que conseguimos iniciar algo – afirma o proprietário, referindo-se à grande repercussão da grafitagem na cidade.
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Desde o dia 31 de outubro, quando as imagens dos artistas trabalhando na fachada começaram a pipocar no Facebook e no Instagram, o assunto se espalhou pela cidade. Parte da população apoiou a iniciativa, mas uma outra parcela foi contra. As manifestações chegaram por mensagem virtual, por bilhetes sob a porta e até por gritos de motoristas que passavam pelo local.
– Para nós foi bacana, afinal é um prédio histórico, mas também é um muro como outro. A coragem de mudar mesmo foi do Schrader. Ele nos entregou o casarão – afirma o grafiteiro Pedro Driin, que capitaneou o trabalho do grupo de sete artistas da Capital.
Grafite continuará a fazer parte do bar
Depois de pintar a fachada e cobrir o grafite, a ideia dos sócios do estabelecimento é levar a arte urbana para dentro do Armazém. O objetivo é que vários artistas se revezem na pintura de telas ou lonas, que depois serão expostas no interior do bar. Na noite de quinta-feira, o grupo se reuniu no local para discutir novos projetos.
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– Nós como bar e cachaçaria precisamos ter uma imagem de significância. A empresa quando dá esse tipo de abertura, se fixa no mercado. E esse tipo de ação rejuvenesce o produto – afirma Schrader.
Além de novos trabalhos no próprio Armazém, de acordo com os artistas uma importante galeria de arte de Florianópolis teria entrado em contato para manifestar interesse em realizar uma intervenção semelhante, também nas paredes externas.